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Sarkozy de novo na mira devido a alegado financiamento líbio em 2007

15 nov, 2016 - 19:44

Ex-Presidente, de novo na corrida ao Eliseu, é acusado de ter recebido cinco milhões de euros em financiamento ilícito.

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Um empresário franco-libanês, Ziad Takieddine, afirma ter feito chegar mais de cinco milhões de euros em financiamento ilícito ao ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy durante a sua campanha de 2007.

Numa entrevista ao jornal "online" Mediapart, Takieddine afirma ter “transportado um total de cinco milhões de euros” dentro de malas em três viagens que fez entre Novembro de 2006 e o início de 2007.

As novas declarações de Ziad Takieddine surgem dias antes da primeira ronda de eleições primárias para escolher o candidato presidencial do partido de centro-direita francês. “Como é que uma pessoa como estas pode apresentar-se para Presidente da República?”, pergunta o empresário franco-libanês.

As duas primeiras malas terão sido entregues ao director de campanha de Sarkozy, Claude Gueant. A terceira, segundo o empresário, foi entregue num apartamento onde o próprio Nicolas Sarkozy estava hospedado. Takieddine afirma ter recebido as malas em Tripoli das mãos do cunhado de Kadafi e chefe dos serviços secretos, Abdullah Senuss.

Sarkozy, que entre 2007 a 2012 foi Presidente da República da França, sempre negou as acusações de financiamento da sua campanha com dinheiro do ditador líbio. Após três anos de investigação, nenhuma evidência confirmou as alegações.

O ex-Presidente francês já reagiu às acusações, defendendo a tese de que o meio de comunicação Mediapart está a influenciar as eleições. “Mais uma vez, e antes de uma eleição, o Mediapart está a tentar manchar Nicolas Sarkozy com alegações tão falsas como eram ontem”, acusa Thierry Herzog numa declaração enviada à agência Reuters.

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