09 mar, 2018 - 08:05
A agitação marítima prevista, para esta sexta-feira, obrigou ao adiamento da operação de retirada do navio encalhado junto ao Bugio. Também foram activados meios de combate à poluição em caso de uma eventual fuga de
combustível.
Em declarações à Renascença, o capitão do porto de Lisboa explica que “devido às condições meteorológicas adversas que se sentem neste momento e devido ao agravamento que se prevê, sobretudo no estado do mar, afigura-se difícil fazer o trabalho no dia de hoje”.
O comandante Coelho Gil não se compromete com uma data para a realização da intervenção, uma vez que “durante o fim-de-semana as condições no mar vão-se agravar”.
“Vamos ver, estamos a acompanhar o evoluir das condições meteorológicas, esperando por uma janela de oportunidade”, disse.
Perante as previsões, as autoridades já têm preparado um plano de contingência para o caso de existir algum derrame de combustível.
Coelho Gil revela que a embarcação tem 160 toneladas de combustível a bordo e que, para já, “o navio tem resistido à força das ondas”. Ainda assim, há "pessoal preparado e o material foi reunido" para qualquer eventualidade.
O novo plano de remoção, após três tentativas falhadas, envolve um rebocador de granes dimensões, cabos de grande tração e uma equipa especializada.
O navio "Betanzos", com bandeira espanhola, com 118 metros, está encalhado desde as 1h00 de terça-feira junto ao Bugio, na foz do rio Tejo. Tinha saído do terminal do Beato, em Lisboa, rumo a Casablanca, Marrocos.
A bordo seguiam 10 tripulantes que foram entretanto retirados por precaução.