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"Inaceitável”. CDS contra novos impostos europeus propostos por Costa

12 fev, 2018 - 21:37

Nuno Melo reconhece a eventual necessidade de reforçar o orçamento da União Europeia, mas considera que cabe a cada Estado-membro definir forma de o fazer.

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O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo está contra a criação de três novos impostos europeus, defendida pelo primeiro-ministro, António Costa.

Em declarações à Renascença, Nuno Melo diz que a proposta do Governo é “inaceitável” e vem sobrecarregar ainda mais os portugueses.

“O doutor António Costa, há bem pouco tempo, quando outro era o Governo que estava em funções, dizia sobre quem ia para além da troika. Neste momento, não há troika em Portugal, significa que há total arbítrio nas decisões políticas e, enquanto o Governo socialista apoiada por esta maioria vêm com a conversa da devolução dos rendimentos às famílias, quer que Bruxelas crie três impostos que serão cobrados a cada um dos portugueses a par de todos os impostos que já pagam. Isto é, simplesmente, inaceitável”, afirma o eurodeputado.

Nuno Melo reconhece a eventual necessidade de reforçar o orçamento da União Europeia, mas considera que cabe a cada Estado-membro definir forma de o fazer.

O Bloco de Esquerda tem dúvidas quanto a alguns dos impostos europeus propostos pelo Governo.

Em declarações à Renascença, a eurodeputada Marisa Matias diz que, enquanto existirem paraísos fiscais, vai ser difícil criar um verdadeiro imposto comum.

O eurodeputado comunista João Ferreira defendeu que o necessário reforço do orçamento da UE deve ser feito através das contribuições diretas e proporcionais dos estados-membros e não de outras novas receitas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta segunda-feira que os três impostos europeus propostos pelo Governo visam compensar o risco de o orçamento comunitário baixar, considerando que "mais vale prevenir do que remediar".

O jornal “Público” noticiou esta segunda-feira que o Governo português defende novas fontes de financiamento das instituições europeias a serem criadas com impostos sobre plataformas digitais, indústrias poluentes e transações financeiras internacionais, nomeadamente para o reforço de investimento em segurança e defesa comuns.

O Governo português, segundo o jornal, apoia também o aumento da participação de 1% para 1,2% do rendimento nacional bruto de cada Estado-membro para fazer face às necessidades financeiras, sobretudo no período 'pós-Brexit', tal como defende a Comissão Europeia liderada pelo luxemburguês Jean-Claude Junker.

[notícia actualizada às 02h11]

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  • Luis Ribeiro
    13 fev, 2018 Faro 13:23
    As opçoes do CDS são claras. Agora são contra impostos sobre transaccoes financeiras (que curiosamente estava como medida prevista nos orçamentos que aprovou na era Passos Coelho), contra a taxação de grandes plataformas digitais. E percebemos porque. O CDS era mais a favor de cortes definitivos nas reformas. em cortes de subsidios, em cortes de salarios, em cortes no pagamento de trabalho extraordinario, em cortes nos acordos sociais de empresa como o Metro por exemplo, enfim o CDS está a ser coerente com aquilo que realmente é. Um partido de clientela muito propria, que pode tomar banho no mais caro perfume françes que não é por isso que deixa de dar um odor perfido, podre que se sente a milhas de distancia. Isto é a miseria do CDS. No seu melhor.
  • Cidadao
    13 fev, 2018 Lisboa 11:22
    Então e o "brutal aumento de impostos" do vosso gasparzinho, em pleno governo pafiano, ou disso já não se lembra? O CDS não viabilizou esse "confisco legal"?
  • Não há vergonha
    13 fev, 2018 Lisboa 09:32
    Ó Nuno, eu também não concordo que à conta dos meus impostos tu leves uma vida "airada". Sem nunca teres feito nada de util.
  • Perdoai-lhes, Senhor
    13 fev, 2018 Lisboa 08:00
    Costa foi muito claro quanto às razões, quanto aos objectivos e quanto aos alvos dos impostos que propõe. O PR para além de concordar com a proposta explicou muito bem as razões da mesma. O Nuninho a quem muito falta engenho e arte para o exercicio da politica talvez devido ao facto de ter sido introduzido na mesma levado ao colo por um familiar não leu nem o que um e o outro disseram ou mais provável ainda é ter lido e não ter percebido. Como a unica coisa que sabe fazer cada vez que abre a boca é criar peixeiradas mais uma vez saiu imbecilidade. É bom recordar que do Nuninho nunca se ouviu ou leu um unico pensamento relativamente a Portugal, à Europa ou ao Mundo. Lindo de se ler é o pasquim Observador , orgão oficial Pafioseiro, onde ao lado das declarações do Nuninho foi colocado um artigo que relata o facto de que as propostas de Costa já terem começado a ser discutidas em Setembro (?) na Comissão Europeia. Que o Nuninho é um flop, é sabido. Que o Nuninho tenha dificuldade em perceber as propostas do Costa e as explicações do Marcelo, não é para admirar. Que o Nuninho passa a maior parte do tempo em viagens de avião para Bruxelas, também é sabido. Mas tudo isto não desculpa a maldadezinha do Observador. Já não há pachorra para os cacarejos da Kristas e para as idiotices do Nuninho. Já todos estão fartos deles

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