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Chefe de agência da ONU acusa Israel de o proibir de entrar em Gaza

05 mai, 2024 - 19:41 • Lusa

Já a diretora do Programa Alimentar Mundial da ONU, Cindy McCain, referiu que o norte de Gaza vive uma crise de "fome total" que se expande para sul, onde centenas de milhares de pessoas deslocadas se refugiam.

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O chefe da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos disse este domingo que Israel o proibiu novamente de entrar na Faixa de Gaza, onde a ONU alertou que há fome após quase sete meses de guerra.

Na rede social X, Philippe Lazzarini afirmou que "as autoridades israelitas continuam a recusar às Nações Unidas o acesso humanitário" à Faixa de Gaza.

"Ainda esta semana recusaram pela segunda vez que eu entrasse em Gaza", acrescentou Lazzarini, que em meados de março tinha indicado que Israel o proibira de entrar no enclave.

No sábado, a diretora do Programa Alimentar Mundial da ONU, Cindy McCain, referiu que o norte de Gaza vive uma crise de "fome total" que se expande para sul, onde centenas de milhares de pessoas deslocadas se refugiam.

McCain esclareceu que as suas palavras não constituem uma declaração oficial da organização - algo que envolve um procedimento burocrático - mas defendeu esta conclusão com base no que as equipas desta agência das Nações Unidas observaram em Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas iniciou-se há cerca de sete meses, após os comandos do movimento islamita palestiniano terem levado a cabo, em 07 de outubro, um ataque no sul de Israel que causou a morte de perto de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, segundo um relatório da agência noticiosa AFP baseado em dados oficiais israelitas.

De acordo com Israel, mais de 250 pessoas foram raptadas e 128 permanecem em cativeiro em Gaza, sendo que 35 terão morrido.

Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma vasta ofensiva na Faixa de Gaza, que já causou mais de 34.600 mortos, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do movimento palestiniano.

O Ministério da Saúde de Gaza estima que cerca de 30 palestinianos, 27 dos quais crianças, morreram de sede ou fome desde o início da guerra contra Israel.

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