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Ano lectivo. Ordem dos psicólogos preocupada com falta de concurso para 200 profissionais

06 set, 2017 - 09:47

O reforço de 200 profissionais permitirá a Portugal aproximar-se dos rácios internacionais.

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O bastonário da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, manifesta-se preocupado por ainda não existir concurso para a contratação de um reforço de 200 psicólogos para este ano lectivo com previa o Programa Operacional Capital Humano (POCH).

O Programa Operacional Capital Humano (POCH), de fundos comunitários destinados a promover a formação e qualificação, previa que 200 que seriam contratados já em 2017-2018 e em 2018 o POCH aponta para a contratação de mais cem.

As verbas disponibilizadas vão assegurar o pagamento dos ordenados dos psicólogos.

Em declarações à agência Lusa, Miranda Rodrigues explicou que as verbas estão disponíveis e não existe explicação para que o concurso de contratação destes profissionais não avance em tempo útil para o arranque do ano lectivo, que se inicia entre 8 e 13 Setembro.

“Esses 200 seriam um reforço para aproximar Portugal dos rácios internacionais, uma aproximação que se mantem adiada. Isso é muito preocupante”, disse, adiantando que Portugal está atrasado quanto aos compromissos assumidos no âmbito de acordos comunitários.

Segundo o bastonário da Ordem dos Psicólogos, com este reforço de profissionais, o rácio nas escolas passaria dos atuais 1/1.700 para um psicólogo por 1.100 alunos.

Como nota positiva no arranque do ano escolar, Francisco Miranda Rodrigues aponta o facto de o Ministério da Educação ter anunciado, em Agosto, a recondução de uma parte dos profissionais que já desenvolvem trabalho nas escolas, permitindo assim a sua presença no início das aulas.

Até 2016, cerca de 200 psicólogos estavam nas escolas desde 1999 e outros 400 com vínculos precários eram contratados todos os anos, mas, este ano, parte destes profissionais foram reconduzidos.

“Houve uma recondução de algumas centenas destes psicólogos em regime mais precário que puderam ser reconduzidos nas situações em que escola e o profissional concordaram com a recondução. É uma nota positiva, uma pequena melhoria em relação a anos anteriores”, disse.

Miranda Rodrigues alertou ainda para a necessidade de as escolas serem apetrechadas com instrumentos de avaliação psicológica uma vez que muitas não o têm: “A ordem já fez o seu trabalho, tendo entregue um levantamento das necessidades. Esses instrumentos deveriam ser adquiridos, mas isso ainda não aconteceu e é algo que lamentamos, uma vez que são recursos importantes."

Comentários
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  • Manuel
    06 set, 2017 Lisboa 14:14
    Depois estamos nós cá para pagar mais impostos para garantir os ordenados destes novos funcionários públicos. Quando são precários vão trabalhando, depois de estarem no quadro começam a reivindicar por tudo e mais alguma coisa, a fazer greve, a ausentarem-se por isto e por aquilo, a pedirem mais pessoas pelo excesso de trabalho. É igual em todo o lado da administração pública. Conheço bem isto não fosse eu do estado. Na minha chafarica são precisos no mínimo 2 para executar o mesmo trabalho e mesmo assim os prazos são ultrapassados ou então é tudo aldabrado e depois são correções sobre correções. Isto dava para um livro. Um dia falo com o Miguel Sousa Tavares pode ser que ele se interesse pelo assunto.
  • mendes
    06 set, 2017 braga 12:33
    nao conssigo entender como e que as criancas agora nascem todas maluquinhas porque em outros tempos nao havia psicologos nas escolas e so os adultos maluquinhos precisavam de psicolos sera que nao sao os psicologos que precisam de psicologos

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