04 abr, 2017 - 19:56
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condena "o intolerável" ataque químico na Síria, alegadamente efectuado pela aviação do Presidente Bashar al-Assad e que "não poderá ser ignorado pelo mundo civilizado".
Trump afirma, em comunicado que os "actos atrozes" de Assad "são consequência da debilidade e indecisão" demonstradas pelo seu antecessor Barack Obama.
O secretário de Estado, Rex Tillerson, considera que este ataque demonstra que Assad opera de forma “ousada”, “brutal” e “bárbara”.
Os Estados Unidos acreditam que foi utilizado gás sarin no ataque químico desta terça-feira na Síria, disse fonte do Governo norte-americano à agência Reuters.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu uma investigação ao ataque com armas químicas que provocou dezenas de mortos na zona de Idlib, norte da Síria.
“Estou chocada com os relatos sobre um ataque com armas químicas numa cidade a sul de Idlib, alegadamente realizado pelo regime sírio”, declarou Theresa May durante uma visita à Arábia Saudita.
A primeira-ministra britânica quer que a Organização para a Proibição de Armas Químicas investigue os acontecimentos desta terça-feira.
“Se for confirmado, é mais uma prova da barbárie do regime sírio” liderado por Bashar Al-Assad, sublinhou Theresa May.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai discutir o ataque na quarta-feira.
Turquia culpa Assad
A Turquia responsabiliza o regime sírio pelo alegado ataque com armas químicas contra a localidade síria de Jan Shijún, na região de Idlib, afirmou o porta-voz da Presidência.
Ibrahim Kalin acrescentou que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, telefonou ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, para qualificar o massacre de "inaceitável".
Em declarações à cadeia televisiva NTV, Kalin afirmou: "O regime de Al-Assad perpetrou hoje um ataque contra civis em Idlib, na Síria. Condenamos rotundamente este incidente, que equivale a um crime de guerra e a um crime contra a humanidade".
Acrescentou que Erdogan tinha falado hoje com Putin, que apoia militarmente Assad, para "sublinhar que o ataque desumano em Idlib é inaceitável e que as acções do regime (sírio) ameaçam o cessar-fogo".
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que citou fontes médicas e activistas, pelo menos 58 pessoas, incluindo 11 crianças, morreram e dezenas ficaram feridas hoje durante um suposto bombardeamento químico de Jan Shijún, uma cidade de 75.000 habitantes, sob controlo do Exército Livre Sírio, oposto a Al-Assad.
[notícia actualizada às 23h16]
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