10 nov, 2016 - 20:31
Pedro Dias, o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva. A medida foi justificada "dado o elevado perigo de fuga, continuação da actividade criminosa, perturbação do inquérito" e "alarme social".
A decisão foi anunciada esta quinta-feira à noite pelo Tribunal da Guarda, depois de uma inquirição que teve início pelas 13h30.
Pedro Dias optou por não prestar declarações perante o juiz.
Os advogados de Pedro Dias consideram que “a prisão preventiva seria expectável dados os factos de que vem acusado”.
Mónica Quintela não falou aos jornalistas sobre o processo por estar “em segredo de justiça”, confirma que só tiveram acesso “a parte dos autos” e que vão “recorrer” do despacho.
A advogada confirmou ainda que o seu constituinte “se remeteu ao silêncio” perante a juíza e só “falará na devida altura quando tivermos acesso aos autos”.
Pedro Dias, de 44 anos, entregou-se na terça-feira à Polícia Judiciária, em Arouca, depois de quatro semanas em fuga. O acto foi testemunhado pela RTP e pelo “Diário de Coimbra”.
O homem que esteve em fuga das autoridades durante quase um mês é suspeito de dez crimes de homicídio qualificado, sequestro, roubo e furto.
O primeiro interrogatório judicial e a eventual aplicação de medidas de coacção acontecem 30 dias após os acontecimentos em Aguiar da Beira, que culminaram com a morte de duas pessoas, um deles um militar da GNR, e três feridos.
O suspeito estava desaparecido desde 11 de Outubro, data em que dois militares da GNR foram atingidos a tiro, em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda. Um morreu e um outro ficou ferido. Na mesma madrugada, um homem morreu e a mulher ficou gravemente ferida, também alvejados a tiro na viatura em que seguiam.