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Governo avança com o polémico registo oncológico nacional

15 set, 2016 - 06:47 • Anabela Góis

Conselho de ministros, em Coimbra, vai também dar 'luz verde' aos tempos máximos de resposta para realização de exames médicos, entre outras medidas.

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O registo oncológico nacional vai mesmo avançar após a integração das sugestões da Comissão de Protecção de Dados. O documento está pronto para ser aprovado no Conselho de Ministros, desta quinta-feira, que é dedicado à saúde e assinala o 37º aniversário do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Há muito tempo que este registo é visto como uma prioridade pela coordenação nacional para as doenças oncológicas por permitir traçar uma imagem real do país, e assim, melhorar a prevenção e controlo do cancro.

Neste Conselho de Ministros deslocalizado, em Coimbra, vão ser aprovadas novas regras para os produtos de tabaco sem combustão, entre os quais se incluem os HeatSticks e os cigarros electrónicos, que deixam de poder ser vendidos sem alertas de malefícios para a saúde.

Vai passar também a ser proibido fumar junto a portas e janelas de escolas e hospitais.

Ao que a Renascença apurou, os ministros preparam-se também para aprovar os tempos máximos de espera para exames complementares de diagnóstico, à semelhança do que já acontece para consultas e cirurgias.

O Governo queria ir mais longe e fixar prazos também para o acesso às rede de cuidados continuados e paliativos, mas não foi possível chegar a acordo, a tempo, com o Ministério da Segurança Social (que gere estas redes) pelo que a medida ficará para mais tarde.

Na reunião de Coimbra, Jorge Simões (antigo presidente da entidade reguladora da saúde) vai ser nomeado presidente do conselho nacional de saúde, um órgão independente – composto por 30 membros de vários sectores - que tem como missão a procura de consensos alargados na política de saúde.

A pediatra Maria do Céu Machado, que já foi alta comissaria para a saúde, será vice presente deste conselho que pode (a pedido do Governo ou por iniciativa própria) apreciar e emitir pareceres e recomendações sobre questões relativas a temas relacionados com a política de saúde, onde se inclui a investigação e inovação.

Comentários
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  • AM
    15 set, 2016 11:23
    Sr. Paulino, o Registo Oncológico, (ROR), está parado há mais de 20 anos... O dinheiro que vão gastar nessa treta, podiam dar aos nossos Bombeiros, na assistencia e no apoio logistico ao Bombeiro. As unidades de saude, e o INE, não precisa do ROR. O IPO, sabe tudo e hoje em dia trabalha-se para a prevenção. Os seguros não ajudam nada, e é cão que não conhece o dono.
  • A. AVEIRO
    15 set, 2016 AVEIRO 11:11
    Isto só pode ser um plano das companhias de seguros. Se o não é, então que seja proibido às companhias de seguros questionar os hipotéticos clientes, com preguntas relacionadas com doenças ou saúde. Se não se tornar proibido, então será mais um golpe no SNS . Aqueles que não sofrerem de doenças, vão ter o seguro de doença facilitado, aqueles que sofrerem, vão ficar ao cargo do SNS. É sabido, que mesmo com o grau de confidencialidade, o estado de saúde de um doente, vai chegar às companhias de seguros. O recenseamento de todos doentes oncológicos, é uma boa medida, se for para facilitar e dar prioridade a estes doentes no acesso à saúde. Mas para isso, que seja proibido a divulgação ou conhecimento, do estado de saúde do doente, a qualquer entidade estranha ao SNS. Para não haver a tentação da sua divulgação, que se torne crime publico, o questionar por parte das companhias de seguros, o estado de saúde dos hipotéticos clientes. Os seguros são de livre opção pessoal, mas casos à, que são obrigatórios, no caso do acesso à habitação e a outros créditos. Fica aqui a minha solidariedade para com todos estes doentes e, que aqueles que vão legislar sobre esta matéria, não tenham que sentir a dor, daqueles que diariamente são confrontados com o sofrimento destes doentes.
  • radar
    15 set, 2016 Porto 11:06
    A pesar de discordar de muito do que este governo faz, isto acho que é uma medida sensata, pois não se pode resolver um problema sem o conhecer primeiro. Não sei para que serve o registo, mas acho que todas as pessoas com cancro são seguidas nos hospitais. O registo destas pessoas numa lista única não é uma coisa difícil de fazer. Não sei para que vai servir a lista, mas imagine-se que reunidos os dados se verificava que na região "X" o numero de ocorrências de um certo tipo de tumor era 500% superior ao normal. Esse conhecimento poderia levar à descoberta das causas e salvar vidas no futuro. Agora se for só para arranjar 30 pensões vitalícias para ter um lista numa gaveta (que por acaso até acho que é o que vai acontecer) aí já não acho correcto.
  • ema flores
    15 set, 2016 braga 10:54
    A determinacao de prazos maximos e util se houver fiscalizacao e penalizacao para os nao cumpridores. Por experiencia propria afirmo que os 6 meses para a cirurgia que espero ja ''foram''.
  • fr
    15 set, 2016 Coimbra 09:42
    Ninguém é pobre num país com uma boa saúde publica, mesmo que viva modestamente.
  • Vitória
    15 set, 2016 Covilhã 09:27
    Aos membros que aprovarem o registo oncológico que tenham o prazer de passar pela doença, assim sentirá na alma a dor de ser doente desta doença. Eu não cometi nenhum crime para estar numa lista, já me basta a minha dor para agora toda a gente ver o meu nome numa lista...
  • josé brito
    15 set, 2016 Coimbra 09:01
    Mais 30 novos postos de trabalho. Assim diminui o desemprego!!!! E quem irá ocupar os lugares? Será por concurso?
  • AM
    15 set, 2016 08:21
    Não se esqueçam da privacidade, e das medidas necessárias para evitar a desagregação da camaradagem, resulltante da coscovelhice e da devassa do Jet 7 e das amigas de umas e de outras. Vão começar a chover divorcios, e separações incondicionais dos próprios doentes, que querem sossego. Elas querem tudo limpinho, e quando uma teta avaria, querem que sejam compreendidas... Sei do que escrevo.

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