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Máfia do sangue. Ex-presidente do INEM em prisão preventiva

17 dez, 2016 - 22:01

Cunha Ribeiro foi detido na terça-feira no âmbito da investigação à venda de plasma aos hospitais, na chamada operação “O Negativo”.

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O antigo presidente do INEM e ex-presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa vai ficar em prisão preventiva. Luís Cunha Ribeiro vai aguardar julgamento na cadeia.

Cunha Ribeiro foi detido na terça-feira no âmbito da investigação à venda de plasma aos hospitais, na chamada operação “O Negativo”. O arguido é suspeito dos crimes de corrupção activa e passiva e branqueamento de capitais e recebimento indevido.

Na quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou ter sido emitido um Mandado de Detenção Europeu (MDE), em nome do antigo administrador da Octapharma, Paulo Lalanda e Castro, no âmbito desta investigação, resultando na sua detenção, na Alemanha.

A PGR precisou que "a detenção, em cumprimento desse pedido de cooperação judiciária internacional, ocorreu (...) na cidade alemã de Heidelberg".

Na véspera, Paulo Lalanda e Castro apresentara a demissão de todas as funções que desempenhava na Octapharma, ao conselho de administração da empresa, segundo comunicado da farmacêutica.

Na sexta-feira, o advogado de Lalanda e Castro na Operação Marquês, Ricardo Sá Fernandes, apresentou um requerimento no DIAP de Lisboa, a solicitar a revogação do mandado, por forma a permitir que aquele regresse em liberdade a Portugal, para depor no inquérito em causa.

No inquérito, estão a ser investigadas suspeitas de que Lalanda e Castro e Cunha Ribeiro, que estava ligado a procedimentos concursais públicos na área da saúde, terão acordado entre si que este último utilizaria as suas funções e influência para beneficiar indevidamente a Octapharma.

No âmbito deste processo, foram igualmente constituídos arguidos um representante da Associação Portuguesa de Hemofilia e dois advogados, um dos quais Farinha Alves.

As detenções verificaram-se depois de realizadas mais de 30 buscas em estabelecimentos oficiais relacionados com a saúde, incluindo o Ministério e INEM, duas buscas em escritórios e locais de trabalho de advogados e outras em território suíço.

Os factos em investigação ocorreram entre 1999 e 2015 e os suspeitos terão obtido vantagens económicas que procuraram ocultar, em determinadas ocasiões, com a ajuda de terceiros.

Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ.

Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.

Comentários
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  • V. Nogueira
    18 dez, 2016 USA 18:41
    A ideologia da esquerda e da direita esta inadequada e em desuso, portanto, alguma coisa tera que mudar em Portugal e em varios paises do mundo para acabar com esta roubalheira.
  • atento
    18 dez, 2016 viseu 13:23
    Por muito menos, esta presa no estabelecimento em tires/cascais, a investigadora Maria de Lurdes Rodrigues, por ter preferido numa sala de audiências, onde estava a ser julgada por ter denunciada corrupção na justiça, agora veio se a sabe, que ouve uma cunha no Ministério da Cultura na altura e a o ministro Carrilho. Mas isto a comunicação social, não mexe uma palha para saber a verdade. Porquê?
  • lila
    18 dez, 2016 Faro 11:44
    Estes "senhores" pagam a fiança com o dinheiro do roubo e ainda sobra muito. Grande negócio não é !!!!
  • jrmoura
    18 dez, 2016 lisboa 11:38
    Isso acontece porque as penas são leves vão acabar por se safar e ainda vão pedir indemnização ao estado para os contribuintes pagaram .
  • 18 dez, 2016 aldeia 08:17
    Tanta "gentinha" a roubar milhões.......o apelo ao dinheiro é tão grande,quando sabem que podem escapar á juistiça.
  • José Morais
    18 dez, 2016 VNGaia 03:23
    A nossa policia judiciária é de topo...pena é que os processos depois se arrastem indefinidamente e os ladrões continuem a gozar sem que no mínimo lhes saquem o dinheiro roubado!!! No entanto HÁ QUE DAR PARABÉNS, pois só depois do "maior" Sócrates ser bloqueado e preso é que tudo mudou na caça a ELES.
  • Zé Nabo
    18 dez, 2016 Porto 00:35
    Mais um a quem nada vai aconteceer.
  • Miquelina da silva v
    18 dez, 2016 Porto 00:00
    Preso para quê? Para que os jornais tenham maiores tiragens? O crime compensa quando se tem colarinho branco.
  • Manuel
    17 dez, 2016 Mirandela 23:54
    Se for verdade do envolvimento do ex presidente do inem no esquema de corrupção a prisão esta muito bem e que esteja lá. Muitos anos os bens deberiao lê ser confiscados para o estado um médico aaaaaaa? Muitos portugueses com uma saúde tão precária e essa gente a fazer tão belas figuras mas que mentalidade ooooooooookkkkkk?
  • carlos
    17 dez, 2016 Fafe 23:45
    Tenho vergonha desta gente, lamento que as penas de cadeia sejam tão pequenas. Dignidade e honra esta gente não conhece.

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