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Autoeuropa é "um modelo do grupo Volkswagen"

09 nov, 2016 - 11:46 • José Carlos Silva

De passagem por Lisboa e pela Web Summit, o número 2 do grupo alemão, Martin Hofmann, destaca "a energia que se vê" na unidade de Palmela, algo que "é um bom exemplo para todo o grupo".

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O vice-presidente do grupo Volkswagen, Martin Hofmann, classifica a unidade da Autoeuropa em Palmela como "um modelo" e uma das melhores unidade do grupo alemão. "É uma das nossas melhores fábricas", afirmou à Renascença no final de uma intervenção na Web Summit, em Lisboa.

"Estamos muito orgulhosos", prossegue, sublinhando que a Autoeuropa é também utilizada "como laboratório de treino, habilitando pessoas habilidosas", sendo, nesse campo, "um modelo do grupo Volkswagen".

"Há alguns meses, os nossos colegas em Portugal, mostraram-nos os conceitos de treino que estão a ser desenvolvidos aqui, e a energia que se vê nas pessoas é um bom exemplo para todo o grupo, como imagem do que o bom treino e a motivação devem ser", diz o vice-presidente do grupo Volkswagen.

A intervenção de Martin Hofmann na Web Summit surpreendeu pelo facto de o gestor alemão não ter centrado o discurso no seu grupo, mas sim no universo das máquinas inteligentes e robôs. No final, explicou à Renascença que acredita num futuro com máquinas mais activas, não só nas fábricas, mas também nos escritórios, e funcionários mais libertos para outra tarefas.

"A robótica, como disse no meu discurso, vai mudar o modo como trabalhamos, substituindo cada vez mais as tarefas humanas, repetitivas", declara, sublinhando que "isso vai libertar as pessoas para fazerem um trabalho mais criativo".

"Tal como nas nossas fábricas utilizamos a robótica para libertar trabalho pesado aos nossos funcionários, para poderem trabalhar a nível superior, o mesmo irá acontecer no ambiente de escritório", antevê.

Autonomia e partilha

A conferência do número 2 do grupo Volkswagen decorreu na área "auto-tech", uma das zonas de conferencia mais concorridas da Web Summit, onde o visitante se depara com carros que circulam sozinhos, mapas de estradas digitais, partilha dos automóveis, numa palavra, com o futuro.

Para o presidente da Renault-Nissan, Carlos Ghoshn, o fenómeno da partilha não constitui uma ameaça, mas apenas mais um desafio para os que pretendem diminuir custos nas deslocações, na manutenção e, também poupar o ambiente.

Este é um desafio tão válido, como outros. Por exemplo, como o desafio que origina a vontade de muitos de ter uma viatura com condução autónoma e que, por certo, não querem partilhar o carro, mas antes, provavelmente, transformá-lo num escritório sobre rodas.

A condução autónoma é matéria muito falada pelos espaços da Web Summit e aos que temem pela segurança muitos recordam que cerca de 90% dos acidentes têm mão humana.

O futuro implicará mais segurança, nova regulação, seguros mais baixos para viaturas que conduzem sozinhas. Quando? Essa é a questão mais difícil responder com precisão.

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