02 out, 2016 - 17:05
O Papa encerrou este Domingo, na Grande Mesquita de Baku, capital do Azerbaijão, a sua segunda visita à região do Cáucaso, com uma mensagem em favor do diálogo inter-religioso e contra a instrumentalização violenta da fé.
“Deus não pode ser invocado para interesses de parte nem para fins egoístas; não pode justificar qualquer forma de fundamentalismo, imperialismo ou colonialismo. Mais uma vez, deste lugar tão significativo, levanta-se o grito angustiado: nunca mais violência em nome de Deus”, disse Francisco, durante um encontro inter-religioso, que concluiu a sua viagem de três dias, iniciada esta sexta-feira na vizinha Geórgia.
O Papa descalçou-se à entrada da Mesquita, depois de ter sido recebido pelo xeque dos muçulmanos do Cáucaso, Allahshukur Pashazadeh, com quem trocou presentes.
Depois, perante representantes de várias Igrejas cristãs e responsáveis judaicos, além de líderes islâmicos, Francisco condenou as “reacções rígidas e fundamentalistas” dos que querem impor atitudes “extremas e radicalizadas”.
“Agora somos desafiados a dar uma resposta sem mais adiamentos, a construir juntos um futuro de paz: não é tempo de soluções violentas e bruscas, mas o momento urgente de empreender processos pacientes de reconciliação”, afirmou.
A comitiva papal seguiu depois para o Aeroporto de Baku, concluindo assim a 16ª viagem internacional do pontificado.
A Renascença com o Papa Francisco na Geórgia e no Azerbaijão. Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa