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Guterres: A educação de jovens refugiados é "uma questão de segurança global"

19 set, 2016 - 21:06

Líderes dos 193 Estados-membros da ONU aprovaram a Declaração de Nova Iorque para um melhor tratamento dos refugiados e migrantes.

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O candidato a secretário-geral das Nações Unidas António Guterres defendeu esta segunda-feira em Nova Iorque, num evento à margem da Cimeira dos Refugiados e Migrantes, que a educação dos jovens deslocados é "uma questão de segurança global".

"A educação é um instrumento absolutamente crucial para cumprir as aspirações das pessoas, para aumentar as possibilidades de reconstrução dos seus países e, ao mesmo tempo, uma questão de segurança global", disse o ex-primeiro-ministro português e ex-alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Líderes dos 193 Estados-membros da ONU aprovaram esta segunda a Declaração de Nova Iorque, que cria condições para um melhor tratamento dos refugiados e migrantes.

O candidato a secretário-geral da ONU previu "enormes dificuldades" para aplicar as resoluções da declaração, mas salientou a sua importância.

"Não nos podemos dar ao luxo de ter pessoas que terminam o ensino secundário e não têm oportunidade de ter ensino superior ou trabalho. Alguém dizia numa reunião da ONU, há uns meses, que mentes vazias são o recreio do diabo", disse António Guterres num evento co-patrocinado por um conjunto de entidades, designadamente por Portugal, Qatar e Grécia, relativo à educação superior em situações de conflito ou de desastres naturais.

O candidato a secretário-geral da ONU afirmou que "a frustração de largo número de jovens que não encontram hipótese de prosseguir os seus estudos ou encontrar um trabalho é um excelente elemento para aqueles que hoje constroem uma rede global de terrorismo."

Guterres defendeu na ONU que mundo precisa de liderança e valores
Guterres defendeu na ONU que mundo precisa de liderança e valores

Questionado pela moderadora sobre como se pode planear situações de educação em crises que são muitas vezes imprevisíveis, Guterres referiu-se à natureza das crises humanitárias que conheceu quando liderou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

"As situações são imprevisíveis, mas uma coisa podemos prever: as crises vão durar e a recuperação será lenta", disse, apontando os exemplos da Síria, Afeganistão, Somália e República Democrática do Congo.

"Não ter educação, desde o princípio, como uma prioridade, e não incluir a educação superior nessa abordagem, é um suicídio", concluiu Guterres, referindo-se à "imensa frustração de jovens que permanecem nos campos de refugiados por anos e anos e anos e não têm nenhuma hipótese de estudar, trabalhar ou encontrar outra forma de se integrar na sociedade."

Na mesma sessão, o ex-presidente português Jorge Sampaio propôs a criação de um mecanismo de resposta rápida para o ensino superior em situações de emergência.

Comentários
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  • 20 set, 2016 13:43
    E o nosso presidente da republica esta a ser imaturo ao apoiar a candidatura de antonio guterres a secretario geral da onu! Somos muito pequenos para cargos de tanta reponsabilidade! Quem sabe o juncker nos quiz mostrar isso mas ninguem entendeu.
  • Viriato
    20 set, 2016 Condado Portucalense 13:39
    Outro traidor...dos europeus caucasianos não querem ele saber. Um dia isto vai dar a volta e faço um apelo aos verdadeiros europeus, que os primeiros a ser julgados e punidos sejam os traidores que vergonhosamente transformaram a europa numa babilónia. Querem nomes?...aqui vai, Mário Soares, Guterres, Filipe Gonzales, Miterrand, Helmut Kohl, Cavaco, Sócrates,Durão Barroso, Tony Blair, Rajoy, Merkl, Passos Coelho, Zapatero e muitos mais, Resumindo e concluindo a máfia maçónica e a máfia do clube Billderberg. Leiam o livro "Toda a Verdade sobre o Clube Bilderberg" de Daniel Estulin e fiquem a saber sobre a pouca vergonha sobre que tem assassinado a cultura e a identidade europeia.
  • "O Buda Guterres"
    19 set, 2016 lisboa 21:44
    Pois está bem abelha!... Eles querem é dinheiro e bombas.

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