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Guterres pode ter nova adversária de Leste na corrida à ONU

12 set, 2016 - 19:18

A confirmar-se, Kristalina Georgieva será a segunda candidata búlgara.

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A búlgara Kristalina Georgieva, vice-presidente da Comissão Europeia, pode entrar na corrida ao cargo de secretário-geral da ONU nos próximos dias, avança a imprensa búlgara.

A candidata seria uma escolha da Alemanha e da sua chanceler, Angela Merkel, que terá procurado apoio para Georgieva durante a última cimeira do G20, noticiaram meios de comunicação búlgaros.

Uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia criticou a alegada promoção da candidatura de Kristalina Georgieva pela Alemanha, referindo que o Presidente russo, Vladimir Putin, disse a Angela Merkel que "a nomeação de um candidato para o cargo de secretário-geral da ONU é um decisão soberana de um pais e qualquer tentativa de influenciar essa decisão directa ou indirectamente é inaceitável".

A Bulgária já nomeou uma candidata para o cargo, Irina Bokova, directora-geral da UNESCO, que tem sido a mulher mais bem posicionada nas primeiras quatro votações informais no Conselho de Segurança da ONU e que tem o apoio do Kremlin.

O ex-primeiro ministro português António Guterres venceu as primeiras quatro votações informais para o cargo, que aconteceram em 21 de Julho, 5 de Agosto, 29 de Agosto e 9 de Setembro.

Nenhuma regra impede um país de nomear dois candidatos, mas é algo que nunca aconteceu.

Nada impede um candidato de ser nomeado por um país que não o seu, embora isso também nunca tenha acontecido, e foi avançado que o nome de Georgieva poderia ser proposto pela Hungria, Croácia e Letónia, com o apoio da Alemanha.

O chefe de gabinete do presidente da Comissão Europeia, Martin Selmayr, partilhou no Twitter uma notícia que dava conta da nomeação de Georgieva e escreveu que "seria uma grande perda" para a União Europeia, mas que a búlgara "seria uma forte secretária-geral da ONU, faria muitos europeus orgulhosos" e seria um "sinal forte" para a igualdade de género.

A ONU já realizou apresentações, entrevistas e debates com todos os 12 candidatos ao cargo, o que permitiu um nível de envolvimento público sem precedentes.

Embora permitida pelos estatutos da organização, que permanecem inalterados, uma nomeação tão tardia seria um retrocesso nesta tentativa de tornar o processo mais transparente.

Duas novas votações estão agendadas: uma semelhante às primeiras quatro, que acontece a 26 de Setembro, e uma na primeira semana de Outubro, em que os votos dos membros permanentes do conselho, que têm poder de veto sobre os candidatos, serão destacados.

A organização espera ter encontrado o sucessor de Ban Ki-moon, que termina o seu segundo mandato no final do ano, durante o Outono.

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  • Isabel
    12 set, 2016 Lisboa 23:51
    Parece-me pouco curial a entrada de uma nova candidata a 3/4 do processo de selecção.
  • José
    12 set, 2016 Parede 23:29
    Guterres é muito ambicioso, como todos os políticos e um grande "actor". Recordo-me que quando saiu de 1º Ministro foi dar umas aulas gratuitas de matemática numa IPSS de Loures. Chamou as TVs no primeiro dia em que deu aulas, mas o entusiasmo durou cerca de um mês ... deixando de dar aulas gratuitas. Mas aí não chamou as TVs pudera. Por outro lado o cargo que exerceu de Alto Comissário para os Refugiados era pago e bem pago na Suiça ... era o serviço dele e ele não trabalhava de borla ... onde está o mérito e o altruísmo ? Tenho mais respeito pelo bombeiro anónimo e pelo cidadão que trabalha de borla num IPSS.
  • tgetsgcst wte
    12 set, 2016 ofiofioe 23:29
    ISTO começa a a ter contornos de uma palhaçada. Então após 4 votaçoes em que esta sra nunca apareceu aparece quase no fim do processo? Só se compreende se houve alguma negociata de bastidores.
  • Sadom
    12 set, 2016 Corval 21:58
    não percebo o entusiasmo com o Guterres ? Não percebem que este tipos, este cargo, são moços de recados das super potências ?? O que e´que o Guterres fez ?? ia com o seu aparato super protegido, vacinado, etc, deixar uma encomenda / esmola dos americanos, para os somalis, etiopes, o que é que isso resolveu para aqueles povos ?? Zero !! É apenas, vaidade e ambição pessoal; temos aí o Barroso, que ganho teve Portugal com os seus 10 anos em Bruxelas ?? para nos lixar e à europa, na GS ??,,,
  • Miguel
    12 set, 2016 lisboa 20:38
    De todos os candidatos venha o Diabo e escolha... Todos defendem a invasao islamica da Europa.
  • F
    12 set, 2016 Lx 20:18
    Se não tiver apoio dos americanos, não tem hipótese. Pura fantasia. Com uma búlgara, e perante o alinhamento deste país na NATO, e a importância da Bulgária para a CIA, o Guterres ... está tudo dito.

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