24 ago, 2016 - 11:29
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Numa curta declaração, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, deixa uma palavra de apoio a todos quantos estão empenhados no resgate e salvamento das vítimas do forte sismo que abalou o centro do país, esta quarta-feira de madrugada.
“Nos momentos de dificuldade, Itália sabe como agir. Mostra toda a sua unidade e empenho para resolver e ajudar quem precisa. No palácio do Governo vamos fazer com que nenhuma comuna ou família se sinta abandonada e que sejam retirados dos escombros todos os que ainda estejam com vida”, afirmou aos jornalistas.
Matteo Renzi sublinha que “é tempo de comoção, mas também de agir” e anuncia que vai visitar a região esta tarde.
“Vou visitar o local e reunir-me com as autoridades envolvidas: o chefe do departamento da Protecção Civil e o ministro das Infra-estruturas, entre outros”, afirmou, acrescentando que decretou o estado de emergência.
Antes, a Protecção Civil fez o balanço possível dos efeitos do abalo, colocando em 38 o número de mortos e mais de 100 o de feridos.
O cenário é devastador. As cidades mais afectadas nesta quarta-feira são Accumoli, Pescara del Tronto e Amatrice, onde terão morrido 35 pessoas.
Fabrizio Curcio, chefe do departamento de Protecção Civil, compara mesmo a intensidade deste sismo ao terramoto que, em 2009, abanou Aquila e causou 309 mortos.
Há cidades que praticamente desapareceram. O centro histórico de Amatrice, por exemplo, tem a maior parte dos edifícios literalmente no chão. A Protecção Civil italiana admite a existência de muitas vítimas debaixo dos destroços.
As autoridades multiplicam apelos à doação de sangue de qualquer tipo, à desobstrução das principais vias de comunicação e também das redes telefónicas e digitais.
Há estradas intransitáveis e pontes destruídas impedindo o acesso das equipas de resgate.
Por causa das quebras no fornecimento de electricidade, a província montanhosa de Rieti está praticamente isolada sem telefones e sem internet.