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Agressões em Ponte de Sor

MNE enviou "factos do lado iraquiano" ao Ministério Público

22 ago, 2016 - 20:23

Ministro sublinha que intenções de cooperação por parte do Iraque "têm de se traduzir em actos concretos" e garante que, se for preciso, vai pedir o levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador iraquiano.

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros enviou esta segunda-feira para o Ministério Público elementos que recebeu do embaixador iraquiano sobre o caso das agressões em Ponte de Sor.

A notícia foi avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em entrevista à SIC.

Augusto Santos Silva esclarece que o embaixador iraquiano, Saad Mohammed Ridha, foi recebido a seu pedido, esta segunda-feira, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, pelo chefe do protocolo de Estado.

O ministro explica que na reunião “foram entregues elementos e comunicados factos, e versões de factos do lado iraquiano”.

“Todos os elementos que foram reportados ao Ministério dos Negócios Estrangeiros foram reencaminhados hoje mesmo para o Ministério Público, porque é ao Ministério Público, às autoridades judiciárias, que cabe verificar se há algum elementos com relevância para o inquérito que está em curso”, sublinha.

Santos Silva sabe, através de um comunicado da embaixada do Iraque em Lisboa, da intenção do embaixador de apresentar queixa por agressão aos seus filhos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros não acredita que, a partir de agora, o diálogo com a diplomacia iraquiana seja mais difícil.

“O que isto mostra é que é necessário a cooperação de todos para que os factos possam ser apurados, para que os responsáveis possam ser identificados e levados à justiça”, defende.

Santos Silva adianta que, “como foi dito hoje ao embaixador iraquiano”, se for necessário, o Governo de Portugal vai pedir ao Iraque o levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador.

"O MNE iraquiano já teve oportunidade de dizer por comunicado e hoje o embaixador teve oportunidade de reafirmar que as autoridades iraquianas querem cooperar maximamente com as autoridades portuguesas no esclarecimento deste caso. Ora, essa declaração tem de se traduzir em actos concretos e é tradição, designadamente da parte dos países ocidentais, que quando os seus diplomatas ou familiares são envolvidos em processos deste tipo em países em que são acreditados e em que gozam de imunidade, essa imunidade seja levantada”, sublinha o chefe da diplomacia portuguesa.

Além da reunião com o embaixador, houve também contactos do Iraque com o embaixador português acreditado naquele país e também houve um contacto directo do MNE iraquiano com o MNE de Portugal, adianta nesta entrevista à SIC.

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  • Mario
    24 ago, 2016 Portugal 00:03
    Não vai fazer nada... A única coisa para que este fulano serve é para envergonhar os Portugueses. Tudo só demonstra uma grande incapacidade de Agir quando deve. Isto está a ser acompanhado por muitos Países e a inercia deste fulano. O mal é que reflecte-se tudo em nós Portugueses.
  • pako.nassa
    23 ago, 2016 lisboa 14:22
    SE ACONTECESSE O MESMO AO FILHO DO MINISTRO NE EU QUERIA VER SE TINHA AS MESMAS ATITUDES......
  • Luis
    23 ago, 2016 Lisboa 10:19
    Não se pode correr com um embaixador como "persona non grata" só porque um pasquim como o Correio da Manhã noticia a fuga dos suspeitos de crime. Para impor medidas ao embaixador e aos filhos suspeitos do crime verificado há que aguardar pelo trabalho da justiça (investigação). Espera-se e exige-se que o MP seja celere nas investigações e que as provas recolhidas sejam suficientemente solidas de forma a não poderem ser postas em causa e de forma a que não subsistam quaisquer duvidas. Como estamos fartos de muitas barracas por parte do MP relativamente a "grandes investigações" que se traduziram em processos prescritos, processos arquivados, julgamentos com arguidos inocentados porque "a montanha pariu um rato" e outras cenas anedóticas há que exigir neste processo celeridade e competência. Este processo está a ter uma grande visibilidade no exterior pelo que não podemos correr o risco de ver a nossa justiça (já tão mal vista) confundida com a justiça Iraquiana. Num País onde a filha de uma vitima de assassinio não pode ver a familia do pai assassinado e encontra-se à guarda da mãe e da familia desta quando foi o avô por parte da mãe o assassino, diz muito da justiça que temos em Portugal. Só porque a mãe da garota é "Juiza". Possivelmente com uma licenciatura "Relvada". Se isto não é uma vergonha para a Justiça e para toda a classe de juizes o que é que envergonha esta gente?
  • Beatriz
    23 ago, 2016 Algarve 09:25
    Esta situação é grave. Os Iraquianos dizem que agiram em legitima defesa, Mas dois de 17 anos contra um de quinze anos? E era preciso deixar o coitado quase morto? Não se podiam defender de outra forma? E não menos grave o que andavam três menores a fazer às quatro da manhã? Os pais não impõem horas de regresso a casa decentes?
  • J.Batista
    23 ago, 2016 LISBOA 08:44
    Não adianta vestirem a pele do cordeiro porque estes dois rapazolas envolveram-se numa rixa e foram regressar a casa. Não o fizeram, voltaram para o sítio da rixa, encontraram um dos intervenientes antagonistas, atropelaram-no, saíram e sovaram o indefeso rapaz de Ponte de Sôr, abandonaram-no no chão, gravemente ferido, e fugiram do local, sem lhe prestar assistência. Incorreram em vários crimes graves. Fizeram-no, consciente e deliberadamente, em retaliação e desforra da rixa anterior. Não colhe o princípio das ofensas originárias da rixa nem a defesa de preceitos religiosos antagonistas. Haveria muito a dizer sobre isso, lembrando-me eu de um trabalhador português no Barhein ter sido agredido e ter-lhe sido arrancado, com violência, um crucifixo que levava ao pescoço. Ora, os forasteiros têm de respeitar e acatar os costumes e as leis do país onde se inserem ou visitem. Isto é a realidade, nua e crua.
  • teresa
    23 ago, 2016 holanda 05:46
    foi defeza de quem ?? Ruben cotra dois?? ensinaram aos meninos o que tinham que dizer nao e verdade mas que pouca vergonha realmente nao prestamos para nada
  • paulo
    23 ago, 2016 vfxira 00:12
    Já é tardia a resolução do MNE,a solicitar ao embaixador e sua família que abandone Portugal,pois são considerados persona non grata neste país.
  • Toninho Marreco
    23 ago, 2016 Lapa- Lisboa 00:03
    Por favor Renascença ... Não me censurem este pequeno comentário e deixei-me só dizer que este país é uma RISOTA ...Muito obrigado ...
  • Para refletir...
    22 ago, 2016 Almada 22:59
    Eu acho que eles têm alguma razão quando eles disseram num outro artigo "acusam os media de estarem a empolar o acontecimento". Os media que temos não mostram ao povo a verdade, só mostram o que lhes interessa, o mais importante é censurado. A censura que temos atualmente ainda é pior do que antes do 25 de Abril! Para aumentar a cultura e não se deixarem manipular seria bom que lessem os comentários.
  • Maria
    22 ago, 2016 Lisboa 21:43
    Os rapazinhos estavam todos deitados a baixo,que pena que tenho deles.Os iraquianos são mais ridiculos do k eu pensava. Ele que faça queixa, para que no Iraque se fique a saber que os filhos de um embaixador do Iraque em país estrangeiro, mulçumanos ,deixa os filhos menores andarem por bares e com os copos e a guiar sem carta.Vai ser um herói para ir pela pia abaixo.Depois brilha pela inteligência do argumento de legitima defesa. Nem sabe o que é isso.Depois vem a hipocrisia da xenofobia quando eles são os maiores xenófobos com o ocidente. E se ele fosse com as malas catar piolhos mais os filhinhos para o Iraque?E Vergonha na tromba de ter uns gajos daqueles como filhos.?

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