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Guardas-florestais avançam com greve. Secretário de Estado “mostrou uma falta de diálogo atroz”

23 ago, 2016 - 13:47

Reactivação da carreira e contratação de mais profissionais são algumas das reivindicações que não obtiveram resposta, segundo o sindicato. Nos últimos meses, Portugal perdeu mais de 100 mil hectares de floresta.

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Em resposta à recusa de negociação por parte do Governo, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais anunciou, esta terça-feira, a emissão de um pré-aviso de greve de 24 horas para o dia 8 de Setembro.

Os guardas-florestais protestam contra a extinção da carreira e pela exigência de suplementos remuneratórios.

A federação já reivindicou junto do actual executivo a reactivação da carreira, a contratação imediata de mais guardas-florestais e a revisão dos suplementos auferidos, mas “o secretário de Estado disse não a todas estas questões”, mostrando “uma falta de diálogo atroz”, acusa o representante da Federação, Luís Pesca.

Na semana passada, após a reunião da federação sindical com o secretário de Estado, Luís Pesca mostrou-se surpreendido pela intransigência demonstrada, tendo em conta “as declarações em defesa da floresta e da prevenção dos incêndios florestais, quer do primeiro-ministro, quer de outros membros do Governo, nos últimos dias”.

Portugal tem sido muito afectado pelo flagelo dos incêndios e, no entender de Luís Pesca, os guardas-florestais “são imprescindíveis na defesa e protecção das nossas matas e florestas, na avaliação dos riscos de incêndio, no cálculo da área ardida e na vigilância da caça e da pesca”.

O sindicalista adianta ainda que na última vez que a federação fez uma revisão aos suplementos auferidos pelos trabalhadores havia irregularidades no pagamento dos ordenados por parte da GNR.

Durante a greve, a federação garante que as funções dos guardas-florestais vão ser asseguradas por outros trabalhadores. Para o mesmo dia, está marcada uma manifestação que irá começar no Largo do Carmo, em Lisboa, seguindo para o Terreiro do Paço.

Comentários
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  • Armando dos Ribalos
    25 ago, 2016 Vinhais 22:20
    Quem extinguiu os guardas florestais não foi o António Costa! ou seja, o António Costa recebeu ordens do primeiro ministro da época José Sócrates, tendo este sido pressionado pelo condenado a cinco anos de prisão Armando Vara, visto este ter entrado em rota de colisão com guardas florestais de Bragança.
  • Manuel Sadino
    23 ago, 2016 Coimbra 21:20
    Os guardas florestais existem ??????!!!!!!!!!!! Com tantos incêndios por aí, qual tem sido o papel deles nesta área ??????
  • barsanulfo
    23 ago, 2016 alcains 16:40
    Levaram quase 5 anos a chegar a Lisboa, durante os quais foram caminhando, resignados, quietos, silenciosos, estiveram ausentes. Mas chegaram, e muito legitimamente se manifestam, exigem , fazem greve, porque querem extinguir ( ou continuar) a carreira.Mas, seria interessante que no dissessem, que deu inicio á extinção da mesma, quem cortou tudo menos mato que hoje arde. Sim quem? Afinal, há mais CGTPs , mais pequenas e de sentido contrário! PaFalhosos!
  • justiça para quando
    23 ago, 2016 porto 16:07
    e acaba se o negocio dos incêndios vocês são tolos alguém e sabe se quem ganha com isto tudo, esta tr am pa é toda um negocio mais aguardas iriam atrapalhar o negocio, tristes daqueles que ficam sem as suas coisas para uns gatunos ganharem com a desgraça de todos pois pq o ar todos respiramos...
  • Maria
    23 ago, 2016 Porto 16:04
    Carreira de guarda-florestal - porque não? Profissão digna, merece respeito, ajuda a diminuir desemprego.... não percebo este governo - está de férias para o que não lhe interessa. E as meninas também estão muito caladinhas!
  • AM
    23 ago, 2016 15:31
    Porque não, serem absorvidos pela GNR, com as mesmas funções, e melhorar a respetiva jurisdição para a floresta?
  • desatina carreira
    23 ago, 2016 queluz 15:30
    uma excelente 👌 altura para fazer greve

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