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Governo português:“É preciso salvaguardar projecto europeu e parceria estratégica com Londres”

24 jun, 2016 - 10:46

Secretária de Estado dos Assuntos Europeus diz à Renascença que cabe aos britânicos, agora, decidir se querem um acordo ao estilo suíço, norueguês ou um modelo especial.

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Consumada a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia, importa agora salvaguardar o projecto europeu e alcançar uma parceria estratégica com os britânicos, considera a secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

Em declarações à Renascença, Margarida Marques afirma que cabe agora ao Reino Unido decidir que tipo de relação quer ter com a Europa a 27. “É fundamental salvaguardar o duplo objectivo de assegurar por um lado a continuidade e vitalidade do projecto europeu a 27 e a manutenção de uma parceria estratégica com o Reino Unido”, diz.

“Em primeiro lugar tem de passar por ma manifestação de vontade com o Reino Unido ou seja, que tipo de relação o Reino Unido pretende com a União Europeia no futuro. O modelo norueguês, o modelo suíço, o modelo especial.”

“Tem de ser o Reino Unido a explicitar o tipo de relação que quer ter com a União Europeia, porque foi o Reino Unido que manifestou a sua vontade de sair. Da parte da União Europeia deve haver uma atitude construtiva, no sentido de se encontrar o melhor acordo que melhor sirva os interesses do Reino Unido e da União Europeia”, considera ainda Margarida Marques.

Os britânicos escolheram, em referendo, abandonar formalmente a UE, numa decisão que está a chocar o resto da Europa e que levanta importantes questões sobre o futuro.

Para a secretária de Estado, este abalo deve servir para reformar a própria União.

“As respostas que a União Europeia tem dado a estas crises são respostas muito lentas, com um impacto e resultados muito lentos. É um bom momento para a União Europeia pensar que tem de agir de forma mais eficaz e ter respostas que criem uma atitude preventiva no sentido de, no futuro, responder a essas crises.”

“Fundamentalmente, é um momento em que a União Europeia tem de se repensar, numa perspectiva de ter uma maior capacidade de responder às crises e de as antecipar”, conclui.

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  • Zé Povinho
    24 jun, 2016 Lisboa 11:17
    A Comunidade Europeia, ao serviço das elites económicas, começa desmoronar-se, pois já mais 5 países mostraram claramente a intenção de fazer referendo à permanência ou não, na Comunidade Europeia. Sou a favor da permanência numa Comunidade Europeia mais justa e mais virada para os seus povos e não só para algumas elites económicas. Caso a Comunidade Europeia não mude de atitude, também sou da opinião de que Portugal, deveria fazer o mesmo!

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