A+ / A-

Banif agrava contas de 2015 e Portugal fecha com défice de 4,4%

24 mar, 2016 - 12:02 • Sandra Afonso

Os dados provisórios foram avançados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística.

A+ / A-

O défice foi de 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, um desempenho que foi penalizado pelo impacto negativo da resolução do Banif que corresponde a 1,4% do PIB.

Os dados provisórios foram avançados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística.

Segundo o INE, a intervenção do estado no banco do Funchal pesou mais do que o inicialmente previsto nas contas públicas. Tinha sido estimado um agravamento do défice de 1,2%, ficou em 1,4%.

O défice das administrações públicas em 2015 chegou aos - 7.893 milhões de euros.

A capacidade de financiamento da economia fixou-se em 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2015, idêntica à observada no trimestre anterior. A poupança bruta aumentou 0,2%, mas não são as famílias que estão a contribuir para estes números, a taxa de poupança das Famílias fixou-se em 4,2%, menos 0,2 pontos percentuais que o trimestre precedente, o que traduz um maior aumento do consumo privado.

Sem a resolução do Banif, o défice teria ficado nos 3%, segundo estes dados provisórios.

O INE adiou a divulgação dos números do défice e da dívida pública que são reportados a Bruxelas, porque não tinha todos os dados necessários. Uma informação entretanto desmentida pelas Finanças, que em comunicado garante ter enviado atempadamente toda a informação necessária e rejeita qualquer responsabilidade no reporte da notificação do procedimento de défice excessivo.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Paulo
    24 mar, 2016 Lisboa 15:20
    Limpinho com espinhas a saída de Portugal do défice excessivo.
  • Paulo
    24 mar, 2016 vfxira 14:58
    E não há culpados? ninguém é responsável? ninguém é responsabilizado'? ninguém é julgado? ninguém é condenado? Nesta "républica das bananas" o crime compensa,todos os presumíveis responsáveis ficam bem,só os macacos é que são obrigados a pagar a crise.
  • rfm
    24 mar, 2016 Coimbra 14:54
    o fardo do sistema financeiro especulativo ultraliberal maoista, bem podiam suspender todos os Feriados, incluído o Dia de Natal ( a Hierarquia da Igreja, ate cederia, em nome dos latos interesses ...) desempregar mais gentes, expropriar mais salários e reformas de quem desconta/descontou 40/45/50 ou mais anos, mandar a população mais pobres para favelas, acabar com o estado social que parece incomodar até alguns ditos católicos ultraliberais (das neves, cabral, etc, etc.) que não há manta que cubra os aventureirismo da banca e dos b(r)anquiros
  • Eborense
    24 mar, 2016 Évora 12:42
    E no ano de 2016 iremos ter um défice de 2, 7 ou 2,8 %, mais o que teremos de pagar pelo Montepio. E assim, vamos pagando e rindo!
  • Alberto Martins
    24 mar, 2016 Lisboa 12:21
    Mais um facto que devemos agradecer ao ps/psd/cds, á dupla maravilha e á luis que deixou arrastar o caso para agora ir receber a respectiva recompensa... Por falar na Luis/BANIF...de repente calou-se tudo...

Destaques V+