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Portugal pode duplicar acolhimento aos refugiados, diz Marcelo

18 abr, 2016 - 23:48

Presidente destaca o facto de "Portugal ter respondido como ninguém, afirmando os valores europeus".

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O Presidente da República elogia a resposta de Portugal na ajuda aos refugiados. Marcelo Rebelo de Sousa afirma que, se for necessário, o país pode receber o dobro das pessoas previstas pela União Europeia.

"Portugal mostrou disponibilidade para acolher até mais refugiados, se necessário for, duplicando o número daqueles que podemos receber", disse esta segunda-feira o chefe de Estado aos jornalistas, no Centro de Cultural de Belém, em Lisboa, antes de assistir ao concerto de orquestras e coros das instituições portuguesas de ensino superior, em apoio aos refugiados, numa iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

"Esta é uma iniciativa exemplar, logo no dia em que assistimos a mais uma tragédia, que são tragédias diárias que ocorrem no Mediterrâneo, e que põem à prova tudo aquilo o que são os valores da Europa", disse Marcelo Rebelo de Sousa, destacando o facto de "Portugal ter respondido como ninguém, afirmando os valores europeus".

O chefe de Estado referia-se ao acidente com um barco em que seguiam cerca de 400 pessoas, na sua maioria somalis, que adornou no Mediterrâneo ao largo da costa do Egipto. Um diplomata somali no Egipto, não identificado, confirmou à BBC a notícia, que começou por ser divulgada nas redes sociais no domingo, por famílias dos migrantes.

Sobre o concerto, Rebelo de Sousa qualificou-o como "uma iniciativa única", de estudantes "que, num gesto de singular de solidariedade, vêm dizer presente a uma causa que é nacional, e também europeia".

A receita do concerto reverte para a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), e Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de salientar o seu "mérito".

"O Estado tem feito aquilo que lhe compete, mas a plataforma tem reunido as mais diferentes instituições, e o [seu] papel tem sido essencial; é a sociedade civil a tomar iniciativa, a liderar, apoiada pelo Estado", disse.

O Presidente apelou ainda para "quem puder contribuir", o deve fazer, "pois está a ajudar uma causa que é nacional".

Marcaram presença vários ministros e secretários de Estado, entre eles, o ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, que afirmou que as instituições de Ensino Superior estão dispostas a receber refugiados que queiram estudar.

O concerto de solidariedade é dirigido pelos maestros Joana Carneiro e Kodo Yamaguishi, e reúne cerca de 200 artistas, alunos e professores de instituições de ensino superior, que se juntaram "para responder a um dos maiores desafios que a Europa do século XXI atravessa: a crise dos refugiados", como se lê num comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), promotor da iniciativa.

As receitas do concerto "Música Sem Fronteiras" revertem, através PAR, para acções de apoio a refugiados provenientes da Grécia.

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  • Ruben
    19 abr, 2016 pdl 17:49
    Nós por cá não temos para os nossos e vir de fora para tirar da boca aos nossos é que não. A não ser que o palácio de belém esteja de portas abertas ai o presidente faça o que entender. É frustrante querermos ter emprego e emigrar quando chega os ditos "refugiados" que são rejeitados pelos países vizinhos e retirarem o nosso lugar de cidades europeus. Depois admirem-se de ter atentados...
  • pipa
    19 abr, 2016 lisboa 17:30
    pois tem muito dinheiro ando a trabalhar para os outros quero a reforma e rouba -me mais de metade do ordenado ladroes com 43 anos de descontos chega é demais
  • fanã
    19 abr, 2016 aveiro 16:45
    Com Bruxelas a obrigar o apertar do cinto , não sei como vai ser !!!
  • 19 abr, 2016 LISBOA 15:02
    CONSIDERO ESTAS AFIMAÇÕES UMA TRAIÇÃO À NOSSA CULTURAÀ NOSSA IDENTIDADE E GOZAR COM TANTA MISÉRIA QUE ALASTRA PELA MINHA PÁTRIA, ESPERAVA ISTO DE TODA A GENTE!!... NUNCA, MAS NUNCA DE UM PRESIDENTE DO MEU PAÍS!!! QUE VERGONHAVERGONHA QUE SINTO EM LER ESTAS AFIRMAÇÕES!!!
  • TUGA
    19 abr, 2016 LISBOA 14:48
    SINTO NOJO E VERGONHA DE VER O PRESIDENTE DO MEU PAÍS A FALAR DOS CHAMADOS ""REFUGIADOS" SABENDO QUE NO SEU POVO HÁ MAIS DE MEIO MILHÃO DE DESEMPREGADOS, 400 MIL SEM ABRIGO, CRIANÇAS QUE A UNICA REFEIÇÃO DO DIA É A DA ESCOLA, UM MILHÃO DE PORTUGUESES À BEIRA DA MISÉRIA, DOIS MILHÕES DE PORTUGUESES COM FOME, ETC. ESTA POLITICADA É TODA A MESMA M@RDA!!! SÃO TODOS UM NOJO!! O POVO?? ONDE ESTÁ??? ELE DEVERIA SER O PRIMEIRO A DEFENDER OS NOSSOS VALORES, A NOSSA CULTURA, A NOSSA IDENTIDADE E NÃO ISLAMIZAR A NOSSA PÁTRIA!! ISTO É UM ATRAZO CIVILIZACIONAL DE SÉCULOS!! 5 SÉCULOS PELO MENOS!!! VERGONHOSO!!!!
  • JR
    19 abr, 2016 LIsboa, Puto 13:39
    Calado, és um poeta.
  • Afonso
    19 abr, 2016 Lisboa 10:41
    Negócio para uns e vontade de criar o caos(ainda mais)em nome de uma suposta solidariedade a qual se nega na prática todos os dias aos injustiçados e aos pobres que temos aos magotes,o cinismo e a insanidade tomaram conta de tudo e todos.
  • Maria
    19 abr, 2016 Lisboa 10:14
    Acabe-se com a a guerra na Síria, nunca dei nem dou o meu voto para andar a safar más decisões dos políticos portugueses no que diz respeito à política externa. Não venha pedir ajuda à sociedade civil em tom de responsabilidade cívica quando os políticos não fazem a sua parte. Ajudo todos os dias os imigrantes pagando mais por um produto que vale menos, para que eles possam ter trabalho digno em Portugal.Quer mais? fale com os senhores da guerra estão a matar estas pessoas
  • Luís M.
    19 abr, 2016 Vila Real 09:34
    Concordo, Portugal precisa de mais ignorantes, quantos mais melhor se safam os políticos corruptos, basta ver que não existe um único país desenvolvido com uma população analfabeta.
  • Nuno Monteiro
    19 abr, 2016 mindelo 09:33
    Esta se a cometer um crime contra os Portugueses.

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