24 fev, 2016 - 15:51
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O escritor espanhol Javier Cercas venceu o prémio literário Casino da Póvoa deste ano com a obra "As leis da fronteira", anunciou esta quarta-feira a organização do encontro de escritores de expressão ibérica Correntes d'Escritas.
O júri explica que “As leis da fronteira", editada pela Assírio & Alvim, foi a obra escolhida, por maioria, pela atenção dada "às grandes questões da sociedade contemporânea" e pela "opção por uma construção narrativa atenta à polifonia de vozes e aos seus modos distintos de convocação da memória".
Também foi destacada "a componente de romance de iniciação, quer individual quer colectivamente considerada na Espanha dos primeiros anos de democracia".
Nascido em Ibahernando, Cáceres, em 1962, Javier Cercas estreou-se na literatura com "El Móvil" em 1987, seguindo-se, dois anos depois, o romance "O inquilino", editado em Portugal em 2005.
Javier Cercas deu aulas na durante dois anos na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos da América. Desde 1989, ocupou o posto de professor de literatura espanhola na Universidade de Girona, cidade onde vive.
O escritor espanhol recebeu, ao longo da sua carreira, vários prémios, nomeadamente o Prémio Llibreter 2001, o Prémio Cidade de Barcelona, o Prémio da Crítica do Chile, o Prémio Salambó, o, Prémio Cidade de Cartagena, o Prémio Qué Leer, o Prémio Extremadura e o Prémio para a melhor obra de ficção estrangeira, em Inglaterra.
Na cerimónia de abertura do Correntes d'Escritas deste ano foi também anunciado o prémio literário Fundação Dr. Luís Rainha, atribuído a "Ardentia", de Nuno Filipe Santos Silva Azevedo, bem como o prémio literário Correntes d'Escritas Papelaria Locus, que distinguiu "A minha vizinha é vizinha de si mesma", de Maria Teresa Forte Fernandes Gonçalves Teixeira.
Já o primeiro prémio do conto infantil ilustrado Correntes d'Escritas Porto Editora foi atribuído a "A magia de Ahmed", do 4.º A, da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, de Armamar.
O júri do prémio literário Casino da Póvoa é constituído por Carlos Vaz Marques, Helena Vasconcelos, Isabel Pires de Lima, João Rios e José Manuel Fajardo e havia seleccionado 13 obras finalistas de autores nacionais e internacionais em prosa.