Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Paulo de Morais propõe-se acabar com “tiques monárquicos” da República

20 jan, 2016 - 14:48

“Esses tiques monárquicos são de respeitar nos países onde há monarquias, mas ter uma República onde há uma presidência a fingir que é uma casa real não faz qualquer sentido”, diz o candidato.

A+ / A-

Veja também:


O candidato presidencial Paulo de Morais foi esta quarta-feira a Aveiro discutir o regime e dizer que se for eleito vai acabar com os “tiques monárquicos” de uma Presidência da República “a fingir que é uma casa real”.

Prometendo reduzir para um terço o orçamento da Presidência, o candidato às eleições do próximo domingo considerou haver um gasto “excessivo e inútil” para cumprir os poderes presidenciais, nos estritos termos que a Constituição confere.

“É para sustentar uma pompa que não serve a República. Esses tiques monárquicos são de respeitar nos países onde há monarquias, mas ter uma República onde há uma presidência a fingir que é uma casa real não faz qualquer sentido”, disse aos jornalistas.

Paulo Morais esclareceu que, caso seja eleito, não vai viver no Palácio de Belém, ter primeira-dama, nem oferecer sistematicamente banquetes.

“Os banquetes que o Presidente da República oferece habitualmente, em honra de um outro representante estrangeiro, são apenas uma forma de banqueiros se encontrarem com políticos, ou procuradores com dirigentes partidários. Estas iniciativas, em que o Presidente junta uma corte à sua volta, comigo acabam!”, assegurou.

Para o candidato, os gastos atuais da Presidência, com mais de 240 funcionários, cinco direcções e um orçamento de 15 milhões de euros, são incompatíveis com a dimensão do país, mas sobretudo com a função que deve exercer.

“O chefe de Estado tem de fazer de Presidente da República e não pode ter uma corte à sua volta que não serve para nada. Tem de ser um ‘primus inter pares’, alguém que trata da República, que combate os privilégios das castas e a partidocracia e defende os direitos dos cidadãos”, disse.

Paulo Morais, que chegou a Aveiro de comboio, acompanhado por alguns apoiantes, desceu a Avenida Lourenço Peixinho e foi apelando ao voto e entregando panfletos.

“Não se esqueça de ir votar. Se for em mim, tanto melhor”, repetiu às pessoas a quem abordava.

Aproveitou uma pausa para a conversa com jornalistas, em que criticou as subvenções vitalícias dos políticos: “A atitude que os deputados tomaram, pedindo ao Tribunal Constitucional que se pronunciasse sobre as suas próprias regalias é inqualificável. Usaram o direito de ter acesso ao Tribunal Constitucional, como se fosse um direito sindical”, criticou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • adamastor
    21 jan, 2016 Algarve 18:21
    sou monarquico e concordo, tem o meu voto.

Destaques V+