20 jan, 2016 - 12:41
O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas garante que não haverá novas portagens na A3 nem na A4, adiantando que o Governo continua a estudar como favorecer a mobilidade nas auto-estradas do interior.
"Neste ano, em que se acabam estas obras, este Governo não põe no Orçamento do Estado de 2016 qualquer introdução de portagens na A3 e na A4", declarou Pedro Marques, no Parlamento, quando questionado sobre a possibilidade de virem a ser portajados o troço da A3 entre Águas Santas e a Maia e o troço da A4 entre Águas Santas e Ermesinde.
Na comissão de Economia, o governante realçou que "foi uma opção política a não introdução de portagens nestas auto-estradas", da região norte, o que levou o deputado do CDS-PP Hélder a Amaral a aconselhar o ministro a não se deixar levar "por essa velha tradição de contentar tudo e todos".
Face à recomendação, Pedro Marques acusou o executivo anterior de ter duas versões sobre estas portagens: "Dizia que punha portagens na A3 e na A4 quando falava com a troika e depois dizia que não ia pôr quando falava com os autarcas da região".
Como favorecer o interior?
No parlamento, Pedro Marques reafirmou que este Governo também não pretende abolir portagens em nenhuma auto-estrada, mas está a estudar como favorecer a mobilidade no interior, o que "poderá passar por um regime de descontos nas portagens no interior".
"Não está em cima da mesa a abolição simples de portagem em nenhuma auto-estrada, mas estamos a estudar formas de favorecer a mobilidade nessas auto-estradas", declarou.
Recorde-se que em Dezembro o PCP e o Bloco de Esquerda (BE) entregaram no parlamento propostas para acabar com as portagens nas antigas SCUT (vias sem custos para o utilizador).
A introdução de portagens, em 2016, no troço da A3 entre Águas Santas e a Maia e no troço da A4 entre Águas Santas e Ermesinde estava prevista no Plano de Actividades e Orçamento da empresa Infra-estruturas de Portugal (IP), antiga Estradas de Portugal, segundo o Jornal de Notícias.
Segundo o diário, a medida "terá sido acertada entre o Conselho de Administração da IP e o anterior Governo", sendo que a cobrança de portagens nos dois troços "deverá render cerca de 15 milhões de euros por ano aos cofres" da empresa.