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Operação Furacão. Dez anos, 759 arguidos, 149 inquéritos e 141 milhões recuperados

13 jan, 2016 - 14:23

Arrancou em finais de 2005 com a realização de buscas a várias entidades bancárias (BES, BCP, BPN e Finibanco) e a descoberta de transferências que indiciavam a prática de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

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Uma década após o início da investigação, a Operação Furacão contabiliza 149 inquéritos instaurados, 759 arguidos constituídos, cinco acusações deduzidas, cinco inquéritos em curso e mais de 141 milhões de euros recuperados até à data.

Segundo dados fornecidos à agência Lusa pela Procuradoria-Geral da República, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) nas cinco acusações proferidas constituiu 108 arguidos, entre pessoas singulares e pessoas colectivas (por exemplo, empresas), relacionado com fraude fiscal de elevado valor.

Nas acusações deduzidas estão em causa valores que totalizam mais de 57 milhões de euros, mas no âmbito de toda a Operação Furação o DCIAP já recuperou mais de 141 milhões de euros (141.523.698,12 euros).

Este montante não inclui as quantias pagas pelos arguidos na sequência de inspeções realizadas pela Autoridade Tributária (AT) que tiveram origem em comunicações do DCIAP, o departamento do Ministério Público (MP) que investiga a criminalidade económico-financeira organizada mais grave, complexa e sofisticada.

Entretanto, o MP proferiu despacho de suspensão provisória de processo em 134 casos, mediante o pagamento pelos arguidos das quantias devidas.

O DCIAP refere que há ainda inquéritos pendentes com o objectivo de suspensão provisória.

O primeiro processo a chegar a julgamento resultante da Operação Furação tem início marcado para dia 19 na Instância Central de Lisboa/secção criminal, num caso que envolve 12 arguidos, incluindo consultores, advogados e empresas.

A denominada Operação Furacão iniciou-se em finais de 2005 com a realização de buscas a várias entidades bancárias (BES, BCP, BPN e Finibanco) e a descoberta de transferências que indiciavam a prática de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, envolvendo pessoas e empresas portuguesas, muitas delas utilizando paraísos fiscais (off-shores) e outros mecanismos para fugir ao fisco.

Comentários
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  • tugatento
    13 jan, 2016 amarante 17:37
    E atrasdas grades quantos estão? ZERooooooooooooooooooooooooooooooooooooo , Andam por aío a pavonear-se com os milhoes que ainda tem e que roubaram ao povo português.
  • Manel das Coves
    13 jan, 2016 Alverca 16:53
    Quantos estão presos ? Quantos estão presos ? Quantos estão presos ?
  • Zé Tugalense
    13 jan, 2016 Lx 16:52
    Mais um caso com 10 anos em que a montanha, pariu um rato. Enquanto não acabarem com a chafurdice, da justiça, dos partidos, dos banqueiros, dos governantes e de toda a canalha que perto destes gravita, as ratazanas vão continuar a proliferar neste pobre país, condenado por tantos esquemas e falcatruas.
  • CORREIA
    13 jan, 2016 ERMESINDE 16:50
    Lamentavelmente tudo esta errado o inicio e 1987 nos bancos começa com (BPN BPP BES Banif) mas gostava que investigassem como começou o BPN e suas implicações comecem uma informação seria no BES os danos causados a varias empresas algumas de grande dimensão hoje estão em pura desgraça por isto precisamos ser informados dos responsáveis julga-los e pagarem tudo o que fizeram a este PAIS
  • Ernesto Silva
    13 jan, 2016 Marinha Grande 16:33
    Constitui uma grande surpresa este numero que indicam de 759 arguidos e em que 134 casos foram arquivados os processos porque os burlões pagaram. Pagaram mas isso não evita o branqueamento de capitais nem as fraudes fiscais. Lamentável num Estado de Direito. Ao menos publiquem o nome dos 759 arguidos, já que estes individuos não estão acima da Lei e neste lote até está um actual candidato a Presidente da República. Tão simples porque temos o direito à informação e deveriam VExas publicar o nome dos patriotas. Aliás, é dificil entender porque alguns são acusados e outros libertos de acusação após pagarem. A Justiça não vai pelo bom caminho. Vamos aguardar pela publicação nem que seja como publicidade paga pelos ditos atrás referenciada. Isto não pode continuar!
  • zé pagante
    13 jan, 2016 Lisboa 16:22
    Temos cerca de 870 MULTI MILIONÁRIOS, sendo que 759 são arguidos, os restantes devem ter muita influência, porque não os conseguem "agarrar".
  • Zé Povinho
    13 jan, 2016 Lisboa 15:10
    Coisas aconteceram com a cumplicidade de políticos, pois não se preocuparam em criar condições de verdadeiro combate à evasão fiscal. Quando alguns perguntam, quando o governo vai buscar dinheiro para ajudar os Portugueses, por este caso, dá mesmo para perceber que o Estadobtem muito onde ir buscar dinheiro, se for efeciente! É lamentável que os bancos corropem, ajudam particulares e empresas a lesar o Estado, fugindo ao fisco em milhares de milhões de euros, o Estado ande depois disto, a ajudar os ditos bancos, injetando lá dinheiro, sacrificando os Portugueses que têm que pagarvestes desvaneios!
  • ms
    13 jan, 2016 funchal 15:01
    .Uiii tantos !!!!... e só o sucateiro é que paga a fatura !!!!!

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