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CGTP convoca protesto para o dia da moção de rejeição ao Governo

28 out, 2015 - 16:24

Inter sindical quer "reafirmar a recusa popular" à coligação PSD/CDS.

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O secretário-geral da CGTP anunciou esta quarta-feira a realização de uma concentração junto à Assembleia da República, em Lisboa, para o dia em que serão votadas as moções de rejeição ao Governo já anunciadas.

A CGTP "decidiu convocar uma concentração na Assembleia da República para o dia em que serão votadas as moções de rejeição já anunciadas [pelo PS, PCP e BE], e reafirmar a recusa popular e a determinação de fazer com que este seja o último programa de Governo da autoria da coligação PSD/CDS", referiu Arménio Carlos, em conferência de imprensa no final de uma reunião da comissão executiva.

Com esta concentração a Inter pretende "exigir resposta positiva às reivindicações dos trabalhadores e das populações e reclamar uma alternativa política que afirme os direitos, os valores e as conquistas de Abril", disse o dirigente sindical.

"Estaremos lá para, não só reafirmar o nosso apoio a essa rejeição de forma a por termo definitivo à manutenção da coligação PSD/CDS no Governo, como para reafirmar a apresentação das nossas propostas e reivindicações para que a eventual alternativa que se vier a constituir tenha presente que há sindicatos e que a CGTP tem propostas e soluções", afirmou Arménio Carlos.

Para o líder da CGTP, há alternativas a um Governo de coligação, que defendeu a necessidade de "uma política que coloque os trabalhadores, o povo e o país como referências centrais do desenvolvimento da economia e do progresso social.

"Nós não aceitamos que se passe a ideia que este país não tem futuro [...] Há outras opções e para quem dizia que as opções eram só dirigidas num sentido, respeitando os que estão no poder e as exigências que vinham de fora, há outra hipótese de encontrar um rumo diferente", considerou Arménio Carlos.

Qualquer que seja o Governo, Arménio Carlos afirmou que a CGTP estará "disponível para negociar e acertar posições" e que a central continuará a apresentar as suas propostas e reivindicações, esperando que "se o conteúdo de um eventual acordo se verificar ao nível do parlamento, este venha de encontro às propostas" da central.

"Neste quadro, faz todo o sentido encontrar uma plataforma mínima de medidas susceptíveis de concentrar as atenções naquilo que para nós é essencial: retirar o PSD/CDS do Governo e colocar um outro Governo que respeite os trabalhadores", assinalou.

Lembrando as diversas formas de luta que a CGTP tem levado a cabo contra a austeridade, Arménio Carlos rematou: " estamos à beira da meta e o sprint final pode ser esta concentração".

Comentários
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  • escumalha
    29 out, 2015 Santarém 21:03
    Que miséria de sindicalismo manipulado sobretudo pelo PCP, será que daqui por pouco tempo quando o garrote começar a apertar e as promessas ficarem pelo caminho terão a coragem de vir para a rua e gritar "governo abaixo!"
  • Dulce Apolinário
    29 out, 2015 Macedo de Cavaleiros 11:38
    Quando o governo PS-BE-PCP tomar posse, a CGTP que sempre foi manipulada pelo PCP, também vai organizar protestos e marchas contra o novo do Costa?
  • Filomena Dias
    28 out, 2015 Lisboa 20:00
    Era bom que aproveitassem para protestar contra o governo irmão que o que vai ser empossado breve pela forma prepotente e anti democrática como trata quem protesta.Aproveitem agora ainda com este governo que com o próximo se protestam muito ficam a pão e água na masmorra,como os de Angola.E já agora perguntem ao PCP porque não protestam.Porque será ?

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