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Lula. Todos "defendem as empresas de seus países no exterior"

15 out, 2015 - 22:44

Antigo Presidente é investigado por supostamente favorecer a construtora Odebrecht na obtenção de contratos durante viagens para África e América Latina, entre 2011 e 2014.

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O ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva depôs voluntariamente no Ministério Público Federal brasileiro, no Distrito Federal, sobre o inquérito que investiga suposto tráfico de influência em viagens ao estrangeiro.

Lula da Silva esteve com o Procurador da República Ivan Cláudio Marx e argumentou que "os Presidentes e ex-Presidentes do mundo inteiro defendem as empresas de seus países no exterior. Afirmou também que para ele isso é motivo de orgulho", divulgou o Instituto Lula, em nota.

O ex-Presidente brasileiro é investigado desde Julho por supostamente favorecer a construtora Odebrecht na obtenção de contratos durante viagens para África e América Latina, entre 2011 e 2014, quando já não era chefe de Governo.

Lula da Silva também afirmou ao procurador que "todas as suas palestras feitas estão declaradas e contabilizadas, com os devidos impostos pagos, e que jamais interferiu na autonomia do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social] e nas decisões do banco sobre concessões de empréstimos", citado pelo instituto.

Ainda de acordo com a nota, o ex-Presidente político disse que "sempre procurou ampliar as oportunidades de divulgação de companhias no exterior, com vistas à geração de empregos e divisas para o Brasil" e que "quem desconfia do BNDES não tem noção da seriedade da instituição".

Há uma comissão parlamentar de inquérito no Legislativo brasileiro que investiga os empréstimos do BNDES a empresas.

Lula da Silva poderá voltar a dar explicações ao Ministério Público Federal voluntariamente ou caso convocado.

O ex-Presidente também deverá ser ouvido pela Polícia Federal brasileira sobre os casos de corrupção na Petrobras que envolvem empresários e políticos, inclusive seu antigo ministro da Casa Civil, José Dirceu, que já foi condenado no julgamento do chamado caso Mensalão, o escândalo de compra de votos de parlamentares.

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