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Dia de luta nacional da CGTP. Manifestações e greves vão marcar esta quarta-feira

28 jun, 2023 - 06:34 • Lusa

Entre as ações previstas estão plenários, concentrações à porta das empresas e greves em várias câmaras municipais do país e no setor privado.

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Centenas de greves, manifestações, concentrações e plenários em todo o país realizam-se esta quarta-feira, no âmbito do dia nacional de luta da CGTP, para reivindicar aumentos salariais e protestar contra a subida do custo de vida.

Entre as ações previstas para o dia de luta nacional da CGTP estão plenários, concentrações à porta das empresas e greves em várias câmaras municipais do país e em empresas como a Matutano, Lactogal, Nobre, lojas EDP e Grupo Altice.

Estão ainda previstas manifestações em Lisboa e no Porto, com início às 15:00 e, na administração pública, tem início hoje a greve nacional dos enfermeiros.

Também em greve nacional estão os trabalhadores das empresas de distribuição, que irão concentrar-se à porta de várias lojas do país.

"Vamos ter um dia nacional de luta de norte a sul e também nas ilhas, com os setores tanto da administração pública como do privado, com um conjunto de plenários muito alargado, com os trabalhadores a irem para a porta dos locais do trabalho para exigirem os seus direitos", disse à Lusa na terça-feira a dirigente da CGTP Ana Pires.

Os trabalhadores "têm uma reivindicação central, que é também a reivindicação da própria ação nacional, de aumentar salários, garantir direitos e contra o aumento do custo de vida", sublinhou a sindicalista, acrescentando que é preciso "responder às condições de vida difíceis dos trabalhadores" que enfrentam o aumento dos preços dos bens essenciais e da habitação.

Para a CGTP, "é urgente o aumento geral dos salários e das pensões, pôr fim à especulação que beneficia os grandes grupos económicos, controlar e reduzir os preços de bens e serviços essenciais, taxar os lucros das grandes empresas e alterar o rumo da política que tem vindo a ser seguida e que empurra um número crescente de trabalhadores para a pobreza".

A CGTP reivindica um aumento dos salários para todos os trabalhadores em, pelo menos, 10% com um mínimo de 100 euros, a subida do salário mínimo para 850 euros e outras medidas que respondam ao aumento do custo de vida.

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  • Anastácio José Marti
    28 jun, 2023 Lisboa 07:56
    Os trabalhadores em geral e os funcionários públicos em particular perguntam à Secretária Geral da CGTP, que afirma defender quem trabalha todos os dias, do que espera, desde a saída da Troika, para que algo de responsável assuma, para que sejam devolvidos aos trabalhadores os Subsídios de Férias e de Natal por inteiro, o mesmo é dizer, para que estes subsídios deixem de ter os descontos que uma década após a saída da Troika ainda têm imoralmente, para a CGA, IRS, ADSE, etc? Será vendo, ouvindo e nada assumindo, como o fez até hoje, que algum dia, nalgum canto do mundo, mesmo que esse canto se chame Portugal, que se defende responsavelmente os direitos de quem trabalha e que há uma década, ano após ano, continuam a ver subtraído um terço de ambos os subsídios mencionados nos meses em que ambos são pagos?

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