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Douro galgou margens em Gaia

10 jan, 2016 - 18:11

Autoridades estão atentas e temem a próxima maré cheia na próxima madrugada. A nível nacional já houve mais de 600 ocorrências até às 17h30.

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O rio Douro galgou as margens nas freguesias de Avintes, Crestuma e Afurada, em Gaia, e a Protecção Civil teme que a situação se possa complicar com a nova preia-mar.

Segundo o Comandante da Protecção Civil de Gaia, o rio subiu as margens nas três freguesias ribeirinhas pelas 15h00 e várias equipas estão nos locais a acompanhar a situação.

"Para a noite vai complicar-se muito", afirmou Salvador Almeida segundo o qual os pescadores da Afurada já estão a ser alertados.

Também de acordo com fonte oficial da Câmara Municipal do Porto, a "situação está a agravar-se" as medidas de prevenção poderão ter de ser antecipadas.

As próximas duas horas serão "determinantes", disse a mesma fonte.

A Câmara do Porto informou hoje que se as condições meteorológicas se agravarem, o rio Douro pode galgar as margens na zona ribeirinha às 3h00 da manhã mas assegurou que neste momento "não há risco iminente de cheia".

O Centro de Previsão e Prevenção de Cheias (CPPC) do rio Douro alertou para a possibilidade de inundações nas ribeiras do Porto e de Vila Nova de Gaia, devido ao mau tempo em conjugação com a preia-mar.

O distrito do Porto é um dos 10 que estão com aviso laranja (o segundo mais grave) emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a que se juntam os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Aveiro, Viseu, Lisboa, Setúbal, Leiria e Coimbra, os últimos quatro por causa da agitação marítima.

Mais de 600 ocorrências até às 17h30

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) identificou até às 17h30 de hoje 657 ocorrências devido à chuva e ventos fortes, sendo os distritos do Porto e Viseu os mais afectados, seguidos de Coimbra.

"Registamos 657 ocorrências principalmente devido a inundações e quedas de árvores, mais nos distritos de Porto, Viseu e Coimbra", referiu à agência Lusa o adjunto de operações da ANPC Marco Martins.

Do total de situações, a maior parte refere-se a inundações, ou seja, 315 casos, e a quedas de árvores, com 123 ocorrências, resultando, por exemplo, em obstrução de vias, que são "rapidamente libertadas" pelos operacionais no terreno, acrescentou.

O deslizamento de terras deu origem a 47 ocorrências e 73 casos relacionam-se com limpezas de vias devido ao vento e 41 com quedas de estruturas.

A resolução das situações registadas devido ao mau tempo envolvem 1.893 operacionais, com o apoio de 747 veículos.

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