Pedro Passos Coelho compara o programa eleitoral de António Costa ao do antigo primeiro-ministro José Sócrates, considerando que é um “risco e uma aventura”.
No debate televisivo desta noite, o primeiro-ministro criticou as ideias que o Partido Socialista apresenta para as legislativas de 4 de Outubro.
“Diz o doutor António Costa que o programa que agora apresenta não tem TGV nem a dupla travessia, por aí fora. As chamadas obras faraónicas que o ex-primeiro-ministro José Sócrates entendia que eram essenciais para promover o emprego e o crescimento da economia, mas tem um programa muito parecido em vários outros aspectos”, afirmou Passos Coelho.
“Em 2009, o Governo de José Sócrates adoptou uma posição de estímulo à procura e ao consumo, aumentando os salários na Função Pública, baixando os impostos, nomeadamente o IVA, e fazendo um estímulo à economia do lado da procura. Essa abordagem que está presente no seu programa eleitoral também conduziu o país ao desastre e essa coerência que o doutor António Costa tem de identificação em relação ao seu antecessor à frente do Governo é hoje um risco e uma aventura porque o país não deve querer passar novamente”, criticou o primeiro-ministro e líder do PSD.
Na resposta a estas críticas, António Costa acusou Passos Coelho de desconhecer o programa eleitoral do Partido Socialista.
“O nosso programa assenta na correcção dos erros que o senhor cometeu. O senhor julgou que crescíamos tirando o dinheiro dos pensionistas e dos trabalhadores, aumentando a pobreza. Isso foi um fracasso”, atirou o líder do PS e candidato a primeiro-ministro.
Antes, na sua intervenção inicial, António Costa acusou Passos Coelho de quebrar promessas feitas aos eleitores em 2011, ao aumentar impostos, cortar salários e impostos, e subir a dívida.
"Entra para a História como o primeiro chefe de Governo que entrega ao seu sucessor um país com menos riqueza do que recebeu. Nesta última legislatura, o Produto Interno Bruto caiu 4%", afirmou o líder do PS, com Passos Coelho a responder que países sob assistência financeira como a Irlanda e Grécia tiveram piores desempenhos em termos de destruição da riqueza.
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