04 jan, 2018 - 07:35
Pelo menos 16 pessoas morreram nos Estados Unidos devido ao frio intenso que se faz sentir em várias zonas do país, segundo o balanço da CNN. Há escolas fechadas, voos cancelados e cidades quase paralisadas.
De acordo com o canal de televisão seis mortes foram registadas em Wisconsin, quatro no Texas, um no Dakota Norte e outra no Missouri.
Os governadores dos estados da Florida, Georgia, Carolina do Norte e Virginia já declararam o estado de emergência e avisaram a população para os riscos de estradas com gelo e temperaturas muito baixas. Em Nova Iorque, as escolas públicas foram encerradas. Um pouco por todo o país, há milhares de ligações aéreas canceladas.
Noutras zonas do país, como por exemplo na Florida, já nevou o que não acontecia há quase três décadas.
São consequências de uma tempestade rigorosa que está a varrer os Estados Unidos e as previsões do estado do tempo são para que piore. Os meteorologistas prevêem que a tempestade venha a transformar-se num “ciclone bomba”, nome dado ao fenómeno meteorológico quando a pressão atmosférica desce muito num espaço de tempo muito curto, conferindo à tempestade uma força explosiva.
A vaga de frio tem vindo a congelar lagos, margens dos rios e piscinas privadas e provocou o cancelamento de algumas das tradicionais celebrações do Ano Novo.
Na terça-feira registaram-se novos mínimos - pulverizando recordes com décadas. Em Dayton (Ohio), o mercúrio marcou 25 graus abaixo de zero (batendo um recorde de 1898; em Salisbury (Maryland) a temperatura baixou para 14 abaixo de zero (quebrando o anterior mínimo de 1918).
Nos dois últimos dias de 2017, o frio já tinha causado a morte a três pessoas. "A massa de ar do Árctico vai continuar forte sobre os dois terços mais a Leste do país até ao final da semana", publicou na rede social Twitter o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS), salientando que esta parte do território vai sofrer "temperaturas muito frias e ventos gélidos perigosos".
O mesmo serviço prevê que a Costa Leste deve sofrer fortes nevões e precipitação de gelo, apelando a que os habitantes das regiões evitem viagens de carro devido aos "consideráveis problemas de deslocação" previstos pelas autoridades.