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Árvores caídas, vias cortadas e desalojados. Mais de 3 mil ocorrências em noite de temporal

11 dez, 2017 - 06:21

São efeitos da passagem da tempestade “Ana”. Seis voos foram cancelados desde a meia-noite, cinco dos quais a partir de Lisboa, a cidade que regista mais ocorrências.

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As imagens da tempestade Ana, que matou e fez estragos por todo o país
As imagens da tempestade Ana, que matou e fez estragos por todo o país

A Protecção Civil registou mais de três mil ocorrências relacionadas com a tempestade “Ana” desde as 00h00 de domingo. Quedas de árvores, inundações e quedas de estruturas foram os principais incidentes.

"O forte vento que se fez sentir provocou também o arrastamento de detritos e muitas folhas de árvores para o escoamento das águas, o acabou por provocar múltiplas inundações um pouco por todo o país", refere à Renascença o comandante Paulo Santos, oficial de operações do comando nacional da Protecção Civil.

O distrito mais afectado foi o de Lisboa, seguido pelo Porto, Aveiro e Braga.

No que se refere à capital, entre os estragos a contabilizar estão os causados em vários automóveis, na sequência da queda de árvores.

Fonte do Regimento de Sapadores de Lisboa refere que, desde o início da madrugada desta segunda-feira e até às 3h13, foram registadas 84 ocorrências.

No Porto, o trânsito esteve cortado em parte da Avenida Dom Carlos I por motivos de segurança "relacionados com a agitação marítima", refere um comunicado da Protecção Civil Municipal.

Depois das 3h00, não foram registados incidentes graves, nem por parte da Protecção Civil nem pelos bombeiros, mas a verificação da situação real dos efeitos do mau tempo ainda está a ser feita, agora à luz do dia.

"O IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] tinha previsto que a partir das 3h00 a tempestade começasse a perder intensidade e a dissipar-se”, passando “a atingir mais o Alentejo e Algarve”, indica Paulo Santos.

Quanto a vítimas, há a registar feridos ligeiros, alguns deles sem necessidade tratamento hospitalar, e um morto em Marco de Canaveses, onde uma mulher de 45 anos foi atingida pela queda de uma árvore no domingo. Três pessoas ficaram desalojadas em Santo Tirso e duas outras em Gaia, ambas devido à queda do telhado de casa.

Mais de 9.300 operacionais da Protecção Civil, incluindo bombeiros, elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal (INEM) e Guarda Nacional Republicana (GNR), estão destacados desde o início de domingo por causa do mau tempo.

Estradas condicionadas

Segundo fonte da GNR, às 4h00 o trânsito "estava condicionado em 27 estradas", entre estradas nacionais, municipais e arruamentos, devido a desmoronamentos, quedas de árvores, inundações e queda de neve.

As estradas cortadas situavam-se sobretudo nas zonas Norte e Centro. Durante a manhã, os efeitos começam a ser mais visíveis e o comandante Paulo Santos adverte para a existência de muitos lençóis de água na via, pelo que é preciso "muita precaução".

Em Lisboa, a artéria entre as ruas Elias Garcia e Barbosa do Bocage está fechada, por causa das operações para a retirada dos troncos e árvores caídas.

No mar, a Polícia Marítima diz não ter registo de qualquer incidente grave durante a madrugada, até às 4h00.

Voos cancelados

Seis voos com partida e chegada a Lisboa, entre as 00h00 e a manhã desta segunda-feira foram cancelados, a maior parte com destino para a Europa, refere a página de Internet da ANA – Aeroportos de Portugal.

Cerca das 5h00 surgiam cancelados três voos com partida de Lisboa e destino a Paris (França), Munique e (Alemanha), Madrid (Espanha), e outros dois voos para os aeroportos de Gatwick e Heathrow, em Londres (Inglaterra).

Outro voo com partida de Milão e chegada prevista a Lisboa na manhã de hoje também aparece cancelado.

A tempestade “Ana”, com chuva e vento forte, levou também ao cancelamento de voos em vários países europeus, nomeadamente no Reino Unido, na Alemanha, em França e em Espanha.

Em Inglaterra, o aeroporto de Birmingham encerrou devido a um nevão.

Na Suíça, o aeroporto de Zurique também cancelou 40 partidas e outras tantas chegadas devido à neve. Um porta-voz do aeroporto disse que devido à queda de neve nos aeroportos de Amesterdão, Holanda, Londres, Dusseldorf e Frankfurt tiveram de se anular voos dessas cidades.


[Notícia actualizada às 8h00]

Comentários
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  • MAMM
    12 dez, 2017 Lisboa 19:05
    As a´rvores não são podadas essencialmente porque é politicamente correcto ser verde. Os Verdes e o INCN não admitem cortes excepto se a árvore está doente (como não autorizam o corte de nenhum ficamos a saber que estão todas de boa saúde) ou se colocarem em risco pessoas e bens (como não cortam nenhuma nem autorizam que se corte, nenhuma coloca enm risco pessoas e bens). Importa esclarecer que árvore muito grandes em ambientes urbanos são um risco enorme como se viu na Madeira e como se viu nesta tempestade. Até mesmo um privado não pode cortar nada sem pedir autorização. Claro que no meu caso mando-os aquela parte porque primeiro estou eu e a minha casa e ninguém me vem socorrer ou pagar se uma árvore minha me cair em cima de casa, logo, está tudo podado e baixo.
  • Pedro Costa
    11 dez, 2017 Lisboa 13:57
    O Passos e a Cristas? Então eles também quando lá estiveram não ajudaram nada , ainda retiraram os guardas florestais das florestas e agora têm amnésia e só culpam o que lá está!
  • Zé das Coves
    11 dez, 2017 Alverca 11:39
    Esta geringonça é no que dá , agora até já andam a assoprar para as arvores caírem! e patetas a comentarem a falta de poda , quantas vezes as arvores que caíram foram podadas no tempo do anterior governo ?
  • MCL
    11 dez, 2017 Bucelas 11:35
    É de lamentar certos comentários, mas enfim é o que se sabe!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • Claro que...
    11 dez, 2017 Aveiro 10:18
    Quando se não faz a poda das árvores atempadamente dá nisto. A rama, a copa, das árvores funciona como vela e quanto maior for a área maior será a força resultante da deslocação do ar a que chamamos vento. Não deixará de ser assim pois que a natureza é o que é e se encarrega de promover o seu equilíbrio. Cumpre a todos e cada um de nós, humanos, ajustar-nos às condições naturais e não ter a pretensão natureza ajustada às necessidades e ou interesses pessoais.
  • martins joao carlos
    11 dez, 2017 zurique 09:54
    e pena que o governo e a proteçao civil so se lembre do do temporal a ana depois de começar a soprar o vento e a cair a chuva e as arvores e a matar pessoas lamentavel esperao para depois deitar as mãos ao trabalho ou seja desentupir as sargetas e retirar as folhas das arvores dos esgotos o que fazem agora os bombeiros ?e a mesma proteção civil dormem? ai que pais e governantes so penso no momento da catrastofe bem haja sr ministro e políticos da mer pensem um poco mais avançado que fara bem ao pais e aos portugueses não deixei que haja mortes e inundacoes para começarem a fazer o trabalho de casa
  • Jose Magalhães
    11 dez, 2017 Lisboa 09:53
    Uma desgraça,.. culpado? O ministro,.. está-se a ver. Enquanto não voltar o Sr. Passos e a Sra Cristas as coisas vão manter-se assim,... vão ver. Nem vale a pena vir pedir desculpas. Rua!!!!....

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