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Eduardo Vìtor Rodrigues diz que "níveis de abstenção" podem confundir-se com "desresponsabilização"

20 mai, 2024 - 09:41 • Daniela Espírito Santo , Isabel Pacheco

Na abertura conferência "Para onde Caminha Portugal na Europa?", o autarca de Vila Nova de Gaia sublinha a importância das eleições europeias e pede uma "Europa humanista".

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O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaiai, Eduardo Vitor Rodrigues. lamenta os altos níveis de abstenção do portugueses nas eleições europeias e apela à mobilização dos portugueses para 9 junho, data de umas eleições que considera “absolutamente determinantes”.

“Mais do que nunca, a Europa é determinante nos próximos anos naquilo que vai ser a direção que o mundo vai tomar", disse o autarca gaiense, presente, esta segunda-feira, na abertura conferência "Para onde Caminha Portugal na Europa?", que decorre no Auditório Maestro José Gomes, em Grijó.

Eduardo Vítor Rodrigues defendeu que "ninguém fica desresponsabilizado por participar" no próximo sufrágio.

"Até nos fica mal, enquanto país fundador do Euro, termos níveis de abstenção que acabam por parecer níveis de desresponsabilização", defendeu.

"Esta eleição é uma eleição muito importante. É uma eleição dos que nos vão representar, representr os nossos direitos, mas também representar a Europa no contexto global", insistiu, salientando que os desafios da guerra, da inflação e das migrações são prova disso.

"São temas importantes, às vezes fraturantes. O único caminho para evitar fraturas é o debate", assegura.

Eduardo Vítor Rodrigues defende, igualmente, que "não precisamos de uma Europa que multiplica o número de países", mas sim de "uma Europa que seja um corpo coeso". Para tal, é preciso "olhar para o projeto europeu", que "ultrapassa os projetos pontuais de cada país".

Por vezes, defende, é preciso "despir a camisola do país para perceber o que interessa a nível global". Tal trabalho é "responsabilidade de todos aqueles que vão ser eleitos, que representam Portugal num contexto europeu", numa Europa que "tem de se afirmar a nível global.

"Que seja uma Europa humanista"

Para o autarca de Vila Nova de Gaia, o projeto europeu tem de ter uma grande "componente humanista", "que não leva a competitividade ao extremo".

A quem irá representar Portugal em Bruxelas depois de 9 de junho, pede: "Que seja uma Europa humanista, onde os cidadãos são a primeira causa do trabalho de todos os eurodeputados".

"Depois das eleições, que sejamos todos capazes de perceber que estamos todos a lutar por uma subregião do globo onde coisas extraordinárias podem acontecer. Vamos ao trabalho porque os cidadãos lá fora precisam mesmo que digamos o que pensamos, para que possam decidir de uma forma informada", remata.

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