23 ago, 2017 - 08:32
Três pessoas morreram e duas estão desaparecidas em Macau devido à passagem do tufão Hato, o mais forte desde há 18 anos, segundo fonte oficial dos Serviços de Polícia Unitários.
As vítimas mortais são um homem, de 62 anos e residente em Macau, que “caiu de um prédio”, um outro homem, de 45 anos, turista da China, “atropelado por um camião”, e ainda um outro homem, de 30 anos, trabalhador não residente, que “estava na rua e que não resistiu ao vento forte e bateu contra uma parede”.
Na zona de Fai Chi Kei, no norte da cidade, duas pessoas estão dadas como desaparecidas.
Até às 14h15 (7h15 em Lisboa) as autoridades tinham registado 154 ocorrências em Macau e nas ilhas, entre as quais desmoronamentos, quedas de árvores e inundações.
Ao início da manhã, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau baixaram a categoria de tempestade tropical de 10 para 8.
Escola Portuguesa sofre danos avultados
A Renascença falou com um português em Macau. Filipe Figueiredo conta que a Escola Portuguesa “teve grandes danos” e viu muitas árvores caídas e janelas partidas.
Nas partes da cidade junto ao rio “houve inundações enormes da altura de um primeiro andar”, carros foram arrastados pela força da água e guindastes caíram.
Rajadas acima dos 200 Km/hora
Esta é a primeira vez em 18 anos que foi içado o sinal máximo de tempestade tropical em Macau, numa escala composta ainda pelos sinais 1, 3, 8, 9.
Os sinais são hasteados tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.
A porta-voz dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, Vera Varela, indicou à agência Lusa que, por volta das 12h00 (5h00 em Lisboa), foram registados ventos superiores a 130 quilómetros por hora e rajadas acima dos 200, os valores mais elevados desde que há registos.
A Polícia de Segurança Pública comunicou o encerramento, à excepção de casos urgentes, das três fronteiras terrestres de Macau com a China (Portas do Cerco, a mais movimentada, Flor de Lótus e Parque Industrial Transfronteiriço).
O Hato tocou terra por volta das 12h00 (5h00 em Lisboa) na cidade de Zhuhai, na vizinha província chinesa de Guangdong.
[notícia actualizada às 17h15]