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O país estava perdido e afectos trouxeram viragem política fundamental

05 jun, 2017 - 22:37

Marcelo Rebelo de Sousa diz que quando iniciou o seu mandato o país estava carente e que era uma prioridade dar “afecto”.

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O país estava perdido e afectos trouxeram viragem política fundamental
O país estava perdido e afectos trouxeram viragem política fundamental

O Presidente da República considerou esta segunda-feira que “o país estava perdido”, em termos psicológicos, “carecido de afecto”, quando iniciou o seu mandato e que, entretanto, o “universo dos afectos” trouxe “uma viragem política fundamental”.

“A mera viragem psicológica, que passou pelo universo dos afectos, foi uma viragem política fundamental”, defendeu.

Durante um passeio a pé na cidade da Horta, na ilha do Faial, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu também que “hoje é impossível fazer política na base apenas da cabeça”, acrescentando que “há políticos que entendem que é assim”, mas “não estão a ver toda a realidade da política”.

O chefe de Estado fez estas declarações depois de um jornalista lhe perguntar se a sua visita aos Açores não tem tido sobretudo afectos e pouca política, e a quem respondeu: “Acha que o afecto não tem um sentido político? Tem!”.

“Quando iniciei o meu mandato, eu achava que o país estava carecido de afecto, e que era uma prioridade esse afecto. As pessoas estavam pessimistas, estavam cépticas, estavam crispadas. Como dizia há bocadinho aí um senhor que me cumprimentou: ia acabar no dia seguinte, o país estava perdido, corria tudo mal”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa tinha perto de si o presidente do PS e líder da bancada socialista na Assembleia da República, Carlos César, ex-presidente do Governo Regional dos Açores, que o acompanhou neste passeio a pé entre o famoso Peter Café Sport e o Forte de Santa Cruz.

Mais à distância, estavam o actual presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, e a presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Ana Luís.

O Presidente da República sustentou que, entretanto, deu-se uma “viragem psicológica, que passou pelo universo dos afectos”, e que hoje “é impossível fazer política na base apenas da cabeça”.

Depois, referiu-se aos “políticos que entendem que é assim”, a quem faz “política na base apenas do pensamento, achando que os seres humanos são cobaias” e “que se mobiliza só na base disso”, para afirmar: “A meu ver, não estão a ver toda a realidade da política”.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que, “às vezes, há o risco de se cair na emoção pura e simples, é verdade" e concluiu que é preciso "um equilíbrio entre as duas coisas”.

“E o relacionamento na política é um relacionamento entre pessoas. Se as pessoas se dão bem, é meio caminho andado”, argumentou.

O chefe de Estado acrescentou que esta sua visita à Região Autónoma dos Açores “passava muito por esse universo dos afectos e por criação de empatias, nomeadamente com titulares de órgãos de governo próprio, que o Presidente não conhecia bem”.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que o seu conhecimento dos Açores “era mais do tempo em que tinha sido líder partidário, há 20 anos” e, por isso, não conhecia bem muitos dos atuais protagonistas políticos regionais.

“Portanto, o simples facto de passar a conhecer bem é um passo útil no relacionamento entre a República e a Região Autónoma”, considerou.

Comentários
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  • maria
    06 jun, 2017 lisboa 10:47
    numa coisa ele tem razao os afectos -o casamento da catarina com o costa e com o geronimo a servir de candeeiro e esta presidente a servir de padre com muitos palermas a assistir a festa sao a prova dos afectos de que ele fala viva o populismo xuxalista
  • P/Filipe
    06 jun, 2017 dequalquerlado 10:35
    Oh Filipe, sem querer estar aqui a defender partidos ou mesmo este costa, para mim não passam de marionetes nas mãos desta u.europeia e da troika. A mda já está feita, e já vem desde de 74 , com todos os medíocres que nos têm governado, e pela corrupção desde dos bancos aos desvios dos fundos europeus, que foram engrandecer as contas de muita boa gente. Foi a globalização, foi a moeda unica e os seus arredondamentos, a falta de produtividade porque este país passou a depender mais das importações e deixou de produzir, e não é só portugal...A tendencia para salários baixos, isto tem sido de mal a pior, desde de 2010 que os trabalhadores têm os salários congelados, mas ainda vem um palhaço como o vitorino dizer que deveria-se reduzir f.púb. é que eles estão mesmo mais reduzidos, o que tem de mais agora são contratados precários, tanto no público como no privado. Ah, ele é que pode ter 12 cargos em 12 empresas este mamão, cara de cú. Os trabalhadores é que têm pago os males deste país com a precariedade. Eu não defendo este costa, para mim é mais um de pelouro ao serviço da troika. Mas eu sinceramente também não sei o que queres que este governo faça? Ou também és daqueles que também vê a solução de todos os males mexendo nos trabalhadores e despedindo ainda mais? Não me digas que é pela reposição dos feriados e das 35 horas? E isto resolveu as melhorias das famílias no governo do coelho? O país está melhor? Diz lá o que queres então que este governo faça se está debaixo da troi
  • mendes
    06 jun, 2017 braga 10:10
    este penssa que so ele penssa ele penssa que e o super homem de tanto que ja leu que esta com o disco rigido cheio e fora de validade eu sei que ele nao le estes comentarios porque gostava de lhe fazer 3 perguntas-1 o que e que ele ja fez de bom para o ze povinho -2 quanto custa ao povo as suas palhacadas de rua -3 se os beijinhos e os abracos enchem barriga este e a mais uma prova de como o povo e enganado pelos politicos antes durante e depois das eleicoes-
  • É cá uma palhaçada!
    06 jun, 2017 dooutrolado 10:02
    Pois, os afetos também andam a encher a barriga a quem tem fome! Ui , é só depressão! Isto virou à fome dos anos 60, se calhar até pior para muitos, é que nem dinheiro, nem trabalho.
  • Zé Açor
    05 jun, 2017 Açores 23:57
    Ainda há idiotas ignorantes que pensam que o 1º ministro deve ser do partido mais votado, esquecendo-se que as eleições são para a escolha de deputados e que os governos se formam de acordo com as maiorias parlamentares depois constituidas, podendo o partido mais votado não fazer parte dessa maioria.
  • Ana
    05 jun, 2017 Lisboa 23:44
    Obrigada Sr, Presidente Marcelo pela pessoa excepcional que é
  • PANTOMINEIROS
    05 jun, 2017 Lx 23:43
    Continue com os abraços, beijos e apalpões e depois quexe-se das asneiradas que o pantomineiro do kamarada Kosta anda a fazer.Um país sem rumo, sem estratégia e que navega à vista apenas com afectos, beijos, abraços e apalpões... O país precisa de reformas urgentes que os geringonços não fazem nem querem fazer e enquanto isso a dívida pública bate recordes... Uns pantomineiros e vendedores da banha da cobra este Presidente folclórico e o vendedor da banha da cobra chamado Costa mais os seus apêndices governativos...
  • Porra para este idiota
    05 jun, 2017 23:24
    Os afetos resolveram os problemas economicos de todos os idiotas como ele
  • Filipe
    05 jun, 2017 évora 23:22
    Nem um ser humano conseguiu sair da sopa dos pobres desde a tomada de posse deste presidente . O que se vê é uma campanha de publicidade a uma espécie de Governo não eleito pelo povo nas urnas , mas auto - proclamado por ele mesmo num acordo Falso ! A realidade é só uma e que condiciona os mercados e a evolução do mérito das contas públicas : A dívida aumenta de forma abismal , estes políticos vão viver na sombra da bananeira , as gerações futuras , com um aperto para pagar o que estes monstros escavam hoje e amanhã , tenham vergonha !
  • Vicêncio
    05 jun, 2017 Ribeira de Cães 23:21
    Presunção e água benta, cada qual toma a que quer... Já imaginava q este presidente-palhaço viria com uma destas. E foi mais cedo do q o previsto.

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