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Papa pede diálogo para pôr fim à guerra

20 mar, 2024 - 10:05 • Aura Miguel

Apesar de estar menos rouco, o Santo Padre pediu a um colaborador da Secretaria de Estado para ler o texto da catequese e a saudação aos fiéis em várias línguas.

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O Papa lançou esta quarta-feira um novo apelo às negociações para acabar com a guerra.

“Confiamos a São José as populações martirizadas pela guerra, da Ucrânia e da Terra Santa, Palestina e Israel, que tanto sofrem o horror da guerra”, disse no final da audiência geral desta quarta-feira. “A guerra é sempre uma derrota. Não se pode avançar em guerra. Devemos fazer todos os esforços para tratar e negociar para pôr fim à guerra”.

Invocando a proteção de São José, patrono da Igreja universal, cuja festa ontem se celebrou, Francisco confiou a Igreja e o mundo inteiro este santo, bem como “todos os pais que vêm nele um modelo singular a imitar”.

Prudência: é a virtude de quem é chamado a governar

A catequese de hoje foi dedicada à virtude da prudência. Esta, juntamente com a justiça, a fortaleza e a temperança, forma as chamadas virtudes cardeais, “que não são prerrogativa exclusiva dos cristãos, mas pertencem à herança da sabedoria antiga”, recordou o Papa.

“Dar primazia à prudência significa que a ação do homem está nas mãos da sua inteligência e da sua liberdade”, porque uma pessoa prudente é “criativa, raciocina, avalia, tenta compreender a complexidade do real e não se deixa dominar pelas emoções, pela preguiça, pelas pressões das ilusões”, afirmou.

Francisco sublinha que a pessoa prudente não escolhe ao acaso, sabe o que quer, avalia a situação, procura conselhos e, só depois, “com visão ampla e liberdade interior, escolhe qual o caminho a seguir”.

É também neste contexto, que a prudência “é a qualidade de quem é chamado a governar: sabe que administrar é difícil, que há muitos pontos de vista e que é preciso tentar harmonizá-los, que se deve fazer o bem não a alguns, mas a todos”. E como “o ótimo é inimigo do bom”, Francisco avisa ainda que, nalgumas ocasiões, o zelo excessivo gera problemas em vez de ajudar, por isso, a vida cristã deve ser “uma combinação de simplicidade e astúcia”, para podermos seguir, de modo inteligente e com prudência, o caminho certo.

Apesar de estar menos rouco, o Santo Padre pediu a um colaborador da Secretaria de Estado para ler o texto da catequese e a saudação aos fiéis em várias línguas.

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