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Morais Sarmento. Ministra da Administração Interna "não tem estrutura emocional"

12 jul, 2017 - 10:16

"Se temos outros fogos, temos que mandar um psicólogo com a ministra, porque, antes de chorarem as populações, chora a ministra", diz o antigo ministro do PSD.

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Morais Sarmento. Ministra da Administração Interna "não tem estrutura emocional"
Morais Sarmento. Ministra da Administração Interna "não tem estrutura emocional"

Nuno Morais Sarmento não acredita que a anunciada remodelação governamental vá além de secretários de Estado.

"Este não é, certamente, o momento que o primeiro-ministro escolheria para remodelar. Pela preparação do orçamento e pela realização de eleições, daqui a uns tempos. De certeza que não vai haver uma remodelação que vá além daquela que resulta da saída forçada pelos próprios dos secretários de Estado e poderá haver um ou outro ajuste, aqui ou ali, a pedido de alguém que já tivesse mostrado interesse em sair", declara Morais Sarmento, no Falar Claro, da Renascença.

O antigo ministro do PSD não pede a saída dos dois ministros mais desgastados pelos recentes acontecimentos de Pedrógão Grande e Tancos, mas não tem dúvidas de que a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, não tem estrutura emocional para o cargo e deveria sair para "protecção dela própria".

"Se temos outros fogos, temos que mandar um psicólogo com a ministra, porque, antes de chorarem as populações, chora a ministra. Não temos neste momento uma ministra com estrutura emocional, sequer", diz o antigo ministro do PSD.

Apesar desta condicionante, Sarmento "não faria essa remodelação, no meio de uma época de incêndios" e, "acima dos interesses partidários, das opiniões políticas, está o país, que "não quer nada do que está a ver".

Na perspectiva de Morais Sarmento, os portugueses não querem que "andem a brincar ao 'tira-ministro/põe-ministro' quando existe, generalizadamente, "a percepção de que não é um ministro que entre - seja super-homem ou super-mulher - que consegue, em plena época de incêndios, fazer melhor do que quem quer que seja que esteja no exercício de funções".

Sobre o caso de Azeredo Lopes, Sarmento defende que lhe cabe "contribuir para o apuramento das responsabilidades, para a recuperação possível das armas, para o esclarecimento completo da situação" para, de seguida, apresentar a demissão. "Se conheço o professor Azeredo Lopes, ele não passa por uma situação destas sem tirar consequências pessoais", argumenta.

"Não há responsabilidades políticas", defende Vitalino Canas

A análide do socialista Vitalino Canas é diferente e o deputado socialista entende que não há responsabilidade política em nenhum dos casos.

"Azeredo Lopes traçou bem, no parlamento, a fronteira entre responsabilidade politica e a responsabilidade operacional. O ministro da Defesa não tomou nenhuma decisão que tivesse influência no caso. No caso da ministra da Administração Interna, também não há responsabilidade política", declara.

Para Canas, Azeredo Lopes "foi totalmente convincente e traçou bem a fronteira que, às vezes, não se traça adequadamente entre responsabilidades políticas e operacionais. Responsabilidade política existe quando alguém toma uma decisão politica da aquela decorre um prejuízo. Neste caso, o ministro não tomou nenhuma decisão que tivesse tido qualquer tipo de influencia naquilo que sucedeu".

Em relação a Constança Urbano de Sousa, o deputado socialista diz que "embora a situação seja um pouco diferente", a conclusão é de que "não há nenhum motivo de responsabilização politica que leve a a que não saia do Governo".

"Estão no mesmo plano", remata Vitalino Canas.

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  • Fernando de Almeida
    12 jul, 2017 Porto 18:27
    Sera' que Morais Sarmento tem estrutura emocional? Felizmente para ele , nunca se viu confrontado com a tragédia que a ministra teve que suportar. Faria melhor figura se fosse mais comedido a avaliar os outros
  • ó je
    12 jul, 2017 pt 12:16
    Qualquer dia em vez de venerares o Passos vais ter de venerar o Sarmento!...
  • ó je-je
    12 jul, 2017 lx 12:02
    na Santana à Lapa estão a pagar a avença a tempo e horas?...
  • JL
    12 jul, 2017 Beja 12:01
    Chorar não é vergonha para ninguém. Os políticos também choram (Obama, para dar um exemplo maior). As pessoas que não choram é que não têm estrutura emocional
  • JE
    12 jul, 2017 Lisboa 11:45
    Realmente, foi choradeira em demasia por parte de uma Ministra e para uma "Chefe" o que se pretende é acções concretas que resolvam os problemas de quem realmente está a chorar com verdadeiras razões e não um choramingar constante cada vez que aparecia na Tv,
  • JE
    12 jul, 2017 Lisboa 11:39
    Realmente, foi choradeira em demasia por parte da Ministra e para uma Ministra (Lider); Um exagero, nitidamente para a fotografia. Politicos!
  • isidoro foito
    12 jul, 2017 elvas 11:24
    este senhor já se esqueceu que foi no governo que mais fogo houve em Portugal e o que fizeram para combater esse flagelo? ele fez , foi fazer mergulho para são tomé e principe á custa dos contriguin....tes, deviam de estar calados , no nterior governo quando morreu uma equipa de bombeiros chilenos no carmulo que fizeram este senhores do PSD? nada , pafiosos
  • este agora
    12 jul, 2017 lx 11:21
    quer comandar os sentimentos e emoções dos outros!...Há cada um! Talvez não lhe ficasse mal lembrar-se do seu passado!
  • jacc
    12 jul, 2017 evora 11:19
    1º o meu respeito pela sra ministra por ser humana e perante tão grande tragedia reagir como qualquer pessoa normal 2º o meu repudio a este qualquer coisa que faz parte da mesma camarilha do que foi a predogão e MATAR logo alguem esse sim com estrutura moral como disse alguem porque nao vao badamerda
  • Paulo Campos
    12 jul, 2017 Porto 11:13
    A AZIA que este pseudo politico tem que agora até o estado emocional das pessoas em situações de tragédia o incomoda tanto, ou então anda há procura de TACHO junto do Passos. Não vale nada como pessoa e menos ainda como politico.

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