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Suspeito dos atentados de Paris transferido para Bruxelas

05 fev, 2018 - 07:42

Salah Abdeslam é o único sobrevivente da célula jihadista que atacou Paris em 13 de novembro de 2015.

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O presumível terrorista Salah Abdeslam, único sobrevivente da célula jihadista que atacou Paris em 13 de novembro de 2015, foi esta noite transferido de uma prisão francesa para Bruxelas, onde começará a ser julgado.

"Ele já não está em Fleury-Mérogis", uma prisão situada nos arredores de Paris, garantiu à agência France Press uma fonte ligada ao processo, que não revelou pormenores sobre o trajeto das forças de segurança que transportam Salah Abdeslam.

Uma primeira escolta de veículos de segurança deixou a cadeia de Fleury-Mérogis por volta das três da manhã, hora portuguesa, sob o olhar atento de jornalistas, que enfrentaram um frio glacial para reportar a partida.

Na hora seguinte, mais duas escoltas de veículos saíram da prisão, numa manobra destinada a ocultar o verdadeiro trajeto de Salah Abdeslam até Bruxelas.

O sobrevivente da célula jihadista que atacou Paris vai ser julgado em Bruxelas pelo envolvimento num tiroteio durante uma longa "caça ao homem".

O processo, que deverá desenrolar-se ao longo de quatro dias - até sexta-feira, com uma pausa na quarta -, no Palácio de Justiça de Bruxelas, já rodeado de fortes medidas de segurança, relaciona-se com a presumível participação de Abdeslam num tiroteio com a polícia na capital belga em 15 de março de 2016, três dias antes de ser finalmente capturado na tristemente famosa comuna de Molenbeek.

No Palácio de Justiça de Bruxelas, Abdeslam, juntamente com um suposto cúmplice, Sofiane Ayari, responderá às acusações de "tentativa de homicídio de diversos agentes policiais" e "porte de arma ilegal", tudo "num contexto terrorista", incorrendo ambos em penas que podem chegar aos 40 anos de prisão.

De acordo com a Procuradoria federal belga, os atentados de Paris e os de Bruxelas, bem como o ataque gorado no comboio de alta velocidade Thalys entre Amesterdão e Paris, em agosto de 2015, estão relacionados e resultam "provavelmente de uma única operação" do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico.

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