Marcelo elogia criatividade e modernidade de Pedro Rolo Duarte

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta sexta-feira a morte do jornalista Pedro Rolo Duarte, recordando-o como "um nome forte, que deixou marcas" e contribuiu para modernizar a comunicação social portuguesa.

O jornalista e radialista Pedro Rolo Duarte morreu hoje de manhã, em Lisboa, aos 53 anos, vítima de cancro.

Numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado lamentou a sua morte e enviou sentidos pêsames "aos seus camaradas de profissão e, em particular, à sua família".

Marcelo Rebelo de Sousa refere que Pedro Rolo Duarte teve "uma longa e frutífera carreira que envolveu o jornalismo e o comentário na rádio, na televisão e nos jornais".

"Foi, ao longo de décadas, um nome forte, que deixou marcas; com emoção e criatividade, com o desassombro dos pontos de vista, contribuiu para a evolução e modernidade da comunicação social portuguesa", acrescenta o Presidente da República.

Pedro Rolo Duarte nasceu em 16 de Maio de 1964, em Lisboa, filho dos jornalistas António Rolo Duarte e Maria João Duarte.

Iniciou-se no jornalismo aos 17 anos, a escrever textos para o suplemento juvenil do “Correio da Manhã”, tornando-se depois colaborador desta publicação.

Fez parte dos corpos redatoriais dos jornais “Se7e”, de que viria a ser director adjunto, e do semanário “Independente”, tendo integrado a equipa inicial do semanário dirigido por Miguel Esteves Cardoso e Paulo Portas. Trabalhou igualmente nas revistas K e Visão, de que foi editor.

Criou e dirigiu o DNA, suplemento cultural do “Diário de Notícias”, publicado entre Novembro de 1996 e Janeiro de 2006. Foi subdirector deste jornal de 2004 a 2005. Entre 2009 e 2010 fundou e editou o projeto "Nós" no jornal i.

Escreveu os livros "Fumo - Deixar de Fumar é Lixado", "Sozinho em Casa" e "1001 Ideias Para as Suas Mensagens Escritas" e manteve o blogue Pedro Rolo Duarte, no Sapo, no qual escreveu até ao início deste mês.

Na RTP concebeu e apresentou programas como "Tempos Modernos", "VivaMúsica", "Falatório" e "Fala Com Elas", para o qual mobilizou nomes como a curadora Bárbara Coutinho, a autora Isabel Stilwell, a psicóloga Joana Amaral Dias e a cantora Manuela Azevedo.

Na rádio estreou-se em 1984, na Rádio Renascença, e passou depois para a Rádio Comercial FM, onde, entre outros programas de autor, realizou "Só Com Gelo" e "20 anos".

Na Antena 1, em anos mais recentes, realizou "Pedro Rolo Duarte" e "Janela Indiscreta" e dava voz ao magazine semanal "Hotel Babilónia", com João Gobern, com quem trabalhou desde os anos iniciais do semanário Se7e.