Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Líbano. Hariri exige que Hezbollah se mantenha neutro

12 nov, 2017 - 21:36

Primeiro-ministro demitiu-se e está na Arábia Saudita.

A+ / A-

O primeiro-ministro demissionário do Líbano garante que só retirará a demissão se o movimento xiita Hezbollah se mantiver neutro nos conflitos regionais e não alinhar com o Irão.

Numa entrevista transmitida em direto hoje na estação de televisão que possui a partir da Arábia Saudita, país onde se encontra, Saad Hariri afirmou que só recuará na demissão com esse compromisso do Hezbollah, que enviou milhares de combatentes para a Síria em apoio do regime do Presidente, Bashar al-Assad.

Hariri afirmou que o governo de unidade nacional que formou no ano passado pressupunha um acordo com o Hezbollah para este se manter neutro, o que não aconteceu.

Negou ainda que tenha sido obrigado a demitir-se, afirmando que com o gesto quis "causar um choque positivo" no Líbano para que deixe de sentir-se a influência do Irão, que considera estar a prejudicar as relações com outros países na região.

"Não posso ser o único a fazer concessões enquanto outros fazem o que querem", argumentou.

Saad Hariri demitiu-se no sábado inesperadamente quando se encontrava de visita à Arábia Saudita.

Durante o anúncio da demissão, Hariri denunciou a preparação de um atentado contra a sua vida e acusou o movimento xiita Hezbollah de impor a sua política através das armas.

A renúncia de Saad Hariri faz recear que o Líbano, país de frágeis equilíbrios entre as suas diversas comunidades, caia de novo na violência.

O país foi devastado por uma guerra civil entre 1975 e 1990 e por um conflito com o vizinho israelita em 2006.

A Arábia Saudita sunita e o Irão xiita, dois pesos pesados na região, enfrentam-se em vários conflitos do Médio Oriente, nomeadamente na Síria e no Iémen.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+