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Operação na Alta de Lisboa "visou associação criminosa perfeitamente estruturada"

16 nov, 2017 - 15:04

Em conferência de imprensa, a PJ revelou que os 52 detidos, muitos deles "com antecedentes" e tidos como "perigosos", começam a ser ouvidos na sexta-feira, no Tribunal de Sintra.

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A Polícia Judiciária (PJ) revelou que a operação levada a cabo esta quinta-feira na Alta de Lisboa "visou uma associação criminosa perfeitamente estruturada, com uma liderança definida, estruturada por vários níveis com atribuição de tarefas, responsabilidades, e que se dedicava à prática do crime de tráfico de estupefacientes de forma organizada".

A coordenadora de Investigação Criminal da PJ, Patrícia Silveira, que coordenou esta operação, avançou, em conferência de imprensa, ao início da tarde, que "a maior parte destes indivíduos tinha grandes antecedentes policiais na prática deste tipo de crimes, alguns dos quais tinham até cumprido penas de prisão e, portanto, consideramos que alguns deles eram perigosos", acrescentou.

Anteriormente, em comunicado, a PJ avançara que a operação decorreu de um inquérito titulado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Sintra, no âmbito de uma investigação por crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa e branqueamento de capitais.

Nesta operação, que arrancou pelas 07h00, foram cumpridos 100 mandados de busca domiciliária e detidas 52 pessoas, 49 em cumprimento de mandados de detenção e três em flagrante delito "por estarem na posse ou de material como armas proibidas ou de produto estupefacientes", salientou Patrícia Silveira.

A operação decorreu no Bairro da Cruz Vermelha, no Lumiar, e culminou na apreensão de "vários elementos de grande relevância probatória relacionados com os factos em investigação, dos quais se destaca produto estupefaciente, dinheiro, viaturas e armas proibidas".

A grande maioria dos 52 detidos pertence a este bairro, sendo os outros da zona de Lisboa.

"A operação decorreu normalmente e não tivemos qualquer tipo de incidentes durante a operação", salientou Patrícia Silveira.

A coordenadora de Investigação Criminal da PJ realçou que a operação de hoje contra esta associação criminosa de tráfico de droga foi preparada durante três dias e decorreu no âmbito de diligências contra a criminalidade organizada que duram desde há dois anos.

"A investigação vai prosseguir por forma a conhecer a amplitude das acções criminosas em causa", acrescentou a PJ, no comunicado.

Os detidos, 43 homens e nove mulheres, com idades compreendidas entre os 17 e os 61 anos, serão presentes, na sexta-feira, a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Sintra - onde "ocorreram os factos que deram origem à investigação" -, tendo em vista a aplicação de medidas de coação.

A operação, desencadeada pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT), contou com a participação de 260 investigadores das unidades de Lisboa, Coimbra, Leiria, e Setúbal, devido à sua envergadura.

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  • TUGA
    16 nov, 2017 Lisboa 16:37
    Bandidos estrangeiros ou com dupla nacionalidade EXPULSOS do país, os outros pena máxima. Mas isto não vai dar em nada a esta hora já estão em liberdade. A PJ que se cuide porque se os bandidos dizem que foram agredidos os agentes estão lixados!!!

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