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CGTP insiste no salário mínimo de 600 euros já em Janeiro

04 out, 2017 - 22:18

Arménio Carlos diz que “há princípios dos quais não abdicamos e este Governo tem obrigação de dar sinais para resolver".

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O secretário-geral da CGTP reforça, junto do Governo, as reivindicações de aumento geral dos salários, com um mínimo nacional fixado em 600 euros já em Janeiro, sublinhando, contudo, a sua disponibilidade negocial.

Arménio Carlos apontou outras quatro prioridades: uma política fiscal mais progressiva (IRS), a concretização do combate à precariedade, no setor público e privado, o desbloqueamento da contratação coletiva e a melhoria das condições de trabalho.

"As respostas do Governo foram reconhecer, em grande parte, muitas das questões que colocámos, alguma abertura para abordar alguns assuntos e, eventualmente, temos divergências em relação a outros", descreveu o dirigente, acompanhado por quatro elementos da central sindical, após reunião com o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, na residência oficial do chefe do executivo socialista, em São Bento.

Para Arménio Carlos, "este Governo tem uma oportunidade única para fazer valer um conjunto direitos, liberdades e garantias constitucionais para que haja um reequilíbrio nas relações laborais em Portugal".

"Não definimos linhas vermelhas [para o Orçamento do Estado para 2018], mas acentuámos que há princípios dos quais não abdicamos e este Governo tem obrigação de dar sinais para resolver", esclareceu, sublinhando o "direito de negociação no sector público para a actualização de salários, "congelados desde 2009" até como forma de servir de referência para o sector privado.

O secretário-geral da CGTP afirmou que "não há democracia quando os sindicatos são impedidos de entrar em locais de trabalho".

"Não se pode falar em negociação nem em representação das partes quando uma é impedida de negociar. Isto não é diálogo social. A negociação faz-se com dois. Em muitas empresas, há apenas uma parte que unilateralmente impõe", lamentou, referindo-se a climas de medo.

Arménio Carlos vincou que a CGTP privilegia a negociação, mas apelou à participação de todos os trabalhadores.

"A força dos sindicatos está directamente associada à sua capacidade de participação, proposta e reivindicação. Não se trata de apelar à mobilização seja contra quem for. É uma mobilização para levar a que as suas reivindicações sejam ouvidas e concretizadas pelo Governo. Que ninguém fique à espera que alguém venha resolver os seus problemas", disse.

Comentários
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  • PCP ENGOLIDO
    05 out, 2017 Lx 15:47
    Força kamarada Arménio pois já foi virada a página da austeridade como diz o pantomineiro Costa...Há q arregaçar as magas e exigir ao vendedor da banha da cobra Costa esse aumento e deve ir mais longe e pedir 700 euros mês já...Assim se vê a força do PCP apesar de ter perdido vergonhosamente 10 câmaras no país ao aliar-se aos geringonços...O PCP vai acabar dentro em breve kamarada pois será integrado nos xuxas...
  • Lino Barros
    05 out, 2017 Vila Real 10:20
    Sou e sempre fui a favor das organizações Sindicais. Os Sindicatos têm a obrigação de fazerem parte da evolução da entidade Patronal e dos posto de trabalho.
  • Carlos Augusto
    05 out, 2017 Almada 02:12
    Tanto choradinho ao recusar uma miseria de 600€ / mes, quando se aplica a estes trabalhadores um estatuto de escravo; pau para toda a obra, não têm horario de saida, não sabem se o contrato lhes será renovado, o patrão deve-lhes ordenados em atraso (mas passeia-se por luxos). Há patrões que deviam viver na India ou Malásia, pois é esse o seu modelo de pais
  • JP
    04 out, 2017 Boavista 23:55
    Aproveito este espaço para falar do miserável e tendencioso (jornalismo que se produz em Portugal). Vamos à eleição da CT da autoeuropa. Quando foi a greve a CS foi a correr ouvir o chora e o substituto que dizerem que a CGTP queria tomar o poder através dos sindicatos. Houve as eleições com 6 listas 4 elegeram delegados duas não e quem foram essas listas uma afeta à UGT e a outra afeta à linha chora ou seja os trabalhadores não querem nada com esta gente. Mas entretanto um jornaleiro entrevista um representante da lista vencedora sem maioria que diz. Nós vamos dialogar com as outras listas mas os trabalhadores podem ter a certeza QUE NADA SERÁ NEGOCIADO NAS SUAS COSTAS. Ora depois destas palavras o chora devia ser entrevistado para descodificar o que foi dito. Assim vão os truques jornalísticos em Portugal.

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