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Portugal. Mulheres lideram consumo de calmantes num país que é campeão na Europa

13 nov, 2017 - 07:19

Em Portugal, 10% usam estes medicamentos diariamente, enquanto na Alemanha esse valor fica abaixo do 1% da população.

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Portugal continua a ser campeão no consumo de calmantes e são as mulheres quem mais utiliza este tipo de medicamentos: 70% do total de consumidores.

No ano passado, um em cada cinco portugueses adquiriu, pelo menos, uma embalagem de medicamentos para a ansiedade e para a insónia. São quase dois milhões de embalagens vendidas.

As mulheres são as que mais consomem calmantes e, destas, mais de 50% têm entre 55 e 79 anos.

As consequências da toma destes medicamentos (benzodiazepinas – BDZ) são conhecidas e passam pelo risco de dependência, além de alterações da memória, fraturas devido a quedas e até acidentes de viação.

Por isso, é lançada esta segunda-feira uma campanha de sensibilização, dirigida a profissionais de saúde, sobretudo dos cuidados primários (centros de saúde e farmacêuticos).

O objectivo é alertar para os riscos da utilização das benzodiazepinas e para a necessidade de suspender ou reduzir a prescrição destes medicamentos, ao mesmo tempo que se defende a opção pelas alternativas terapêuticas não medicamentosas e medicamentosas para o tratamento da ansiedade e da insónia.

“Quando as pessoas todas tiverem conhecimento dos efeitos adversos que estão a correr, das dificuldades que depois existem em suspender estes tratamentos, vão tomar cuidado”, defende Henrique Luz Rodrigues, coordenador nacional da Estratégia do Medicamento e dos Produtos de Saúde.

Convidado da Manhã da Renascença, este responsável lembra que as fracturas derivadas de quedas, uma das consequências destes medicamentos, são muito frequentes nos mais idosos e trazem problemas associados.

“Os utentes têm de compreender os riscos que estão a correr e não devem pressionar os seus médicos e farmacêuticos” para prescreverem calmantes, frisa ainda.

Na comparação com o resto da Europa, Portugal é o país que mais consome benzodiazepinas: “10% da população usa diariamente estes medicamentos, ao contrário do que acontece na Alemanha, onde não chega a 1%, ou na Holanda, onde são 2%”, refere Henrique Luz Rodrigues.

Quanto à distribuição por regiões do país, os Açores é onde se consome mais calmantes (“chega aos 15%” da população). Seguem-se as regiões Centro e Norte, com 10% e o Algarve é onde a percentagem é mais baixa: cerca de 4%.

Comentários
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  • Ana Paula Cabrita
    14 nov, 2017 Vale da Telha 13:42
    Penso que o fulcro da questão está intrinsecamente ligado com a n/ metodologia social. Quando existe lentidão por parte da administração pública a tratar de problemas de “Lana caprina”, obviamente que qualquer pessoa “normal”, para não começar a disparatar, terá, forçosamente, que se refugiar em calmantes. Quando temos uma justiça lenta e leis que beneficiam, propositadamente, o prevaricador obviamente a parte vencedora, que aguarda durante décadas que o seu assunto fique resolvido, não encontra outra alternativa senão valer-se de uns valentes calmantes. Quando se vê o País em chamas, por incúria dos que estão a controlar “mal” a gestão florestal nacional, julgo ser normal ter que se socorrer a calmantes para minimizar a dor por todos aqueles que sofreram na pele o que ergueram durante anos, já para não mencionar nos que morreram assados. Também, quando se toma conhecimento da insensatez de “alguém” com poderes celestiais autorizar que se façam festarolas dentro de um monumento / mausoléu / panteão sem dúvida que “um ser normal” vai ter que tomar uma boa dose de calmantes para se esquecer que vive num País orientado por tresloucados…
  • ainda p/justo
    13 nov, 2017 do r.q.t.parta 15:04
    Justo, tu? só se for para a precariedade. Tu nem és digno de resposta, mas só te respondo porque a minha indignação é maior que a minha boa vontade. Vocês são o cancro e a vergonha deste país! Olha só ao ponto que a estupidez de gente como tu já chegou. Se alguém trabalha no publico não é porque precisa e não tem direito ao respeito e à sua dignidade, é porque vive vida de rei e é parasita, logo devia era estar no desemprego ou recebendo o rsi. Mas se for isto que aconteça, lá vem um idiota, burro, inteligencia de caganita de rato dizer que as pessoas não querem trabalhar, são malandros. Pergunto-te se és uma pessoa de juízo perfeito? Pelos vistos não! Então um funcionário público não é um trabalhador que merece respeito? Vocês são como os nazis. Cambada de nojentos!
  • 13 nov, 2017 de r-q-t-parta 13:29
    R.Renascença faça o favor de publicar o meu comentário.
  • Um burro justo
    13 nov, 2017 do r.q.tparta 12:58
    Oh justo todas as vezes que vens para aqui comentar falas sempre sobre os funcionários públicos??? Das duas uma, ou isto é falta de conteúdo ou então isto é mesmo preconceito. Tu devias era ser funcionário público, ganhares 700 euros, teres o salário congelado desde de 2010, levares a mesma vida de quem é f.público e muitas vezes apertar porque com um salário como muitos da f.pública ganham também se vive como os pobrezinhos. Oh iluminado ( ....) tu nem respeito tens pelos trabalhadores, talvez estejas mais interessado que se despeça mais trabalhadores do público para se juntar aos milhares de desempregados. Ou então pergunto-te, tens traballho para oferecer a estes? Sabias que nas câmaras andam a reduzir funcionários públicos para se colocar desempregados do fundo de desemprego? E o que tem aumentado não são funcionários públicos, são precários, burro de merda! Este país não vá para a ferente porcausa de gente como tu. Justo, tu??? Devias era de ter vergonha. Devias falar era do patronato que é explorador, que só contrata trabalhadores por 500 euros e ainda para serem descartáveis e que anda a por as pessoas a viverem sem o minimo de dignidade, por isso é a causa de muitos recorrerem aos calmantes. Mas não zurras é contra os funcionários públicos, até parece que estão todos a viver à grande, oh burro do crlh eu sou f.público tenho um carro desde de 2002 e não tenho dinheiro para ir á oficina. Quem é que dá dinheiro a ganhar aos privados? Não são também os f.públicos? BURR
  • Ferreira
    13 nov, 2017 Gondomar 12:40
    E, se todos os que precisam tomassem, menos assassinatos e violência doméstica havia.
  • ED
    13 nov, 2017 LISBOA 11:32
    Falta dos vários amores a que se tem direito e de um propósito de vida. Virem-se para o Criador e integrem-se no seu esquema universal. Sejam felizes fazendo os outros também, construindo um mundo melhor. Bebam com moderação as boas "pomadas" que existem, não sejam frustrados, aceitem a vida com é e não se inocentem das consequências das vossas obras passadas.
  • Rui Nobre
    13 nov, 2017 Portugal 11:30
    De referir que não quis dizer mal dos psicanalistas, nem psicólogos...só chateia o fato de Portugal ser o pior em tudo. Caramba o País é tão mau assim??? Até na Disneylândia morreu gente com Ligionela. Somos só nós??? Deixem-se de tretas. Leiam por exemplo a revista AGIR da Amnistia Internacional (eu recebia em Outubro), onde relatam a situação de um Trans Finlandês que para ser submetido a cirurgia está obrigado a assinar um documento, em como é portador de doença mental...isto na Finlândia, um país "perfeito". Portugal tem corrupção? tem, muita. Há desigualdade, sim há. Mas e os outros??? É tudo mar de Rosas???
  • ECONOMIA???
    13 nov, 2017 Belém 11:29
    Que tem a economia a ver com doenças mentais, tenho um paciente que sofre de depressão e tem 3 ferraris e é dono de vários hotéis, este tipo de doença ataca quem tem tudo na vida de mão beijada, que gente ignorante aqui comenta... Então se o problema fosse economia, na bósnia os militares andavam aos tiros sob o efeito de calmantes???
  • Pedro Godinho
    13 nov, 2017 Lisboa 11:26
    A culpa é do Passos Coelho
  • Alexandre
    13 nov, 2017 Rego 11:07
    Um país de zombies.

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