Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Estado Islâmico reduzido a duas vilas e uma aldeia no deserto

03 nov, 2017 - 14:39

Chegou a ocupar um terço quer do Iraque quer da Síria, cunhava moeda e governava milhões de pessoas. Agora o “Estado” está prestes a ser extinto, mas ameaça deverá continuar.

A+ / A-

O autoproclamado Estado Islâmico está reduzido a um par de vilas e uma aldeia no deserto, junto à fronteira entre o Iraque e a Síria.

O Estado Islâmico, que autoproclamou um califado em 2014, chegou a governar um terço do Iraque e da Síria, a ter ministérios, forças policiais, tribunais e até a cunhar moeda. Mas os últimos meses têm sido marcados por uma sucessão de derrotas contra as forças armadas de ambos os Estados, apoiados por aliados e milícias leais aos regimes.

Primeiro foi a queda de Mossul, no Iraque, depois de Raqqa, na Síria, as duas cidades mais importantes que o grupo ocupava. Agora as forças da Síria anunciaram a ocupação de Deir el-Zor, outra região que os jihadistas ocupavam há muito tempo.

Estes revezes significam que o Estado Islâmico está agora reduzido a duas vilas: Albu Kamal, do lado da Síria, e do lado do Iraque a Al-Qaim e uma aldeia a cerca de 100 quilómetros, ao longo do Rio Eufrates, chamada Rawa. Esta sexta-feira o Iraque anunciou que tinha retomado o posto fronteiriço da autoestrada que liga ambas as vilas, dificultando a comunicação entre estes dois últimos redutos do Estado Islâmico.

Um porta-voz do exército americano, que tem apoiado a campanha contra o Estado Islâmico do lado do Iraque, diz que se estima que haja no máximo 5.500 membros do grupo naqueles locais.

“Alguns lutarão até à morte, mas nada poderão fazer. Estão sitiados de todas as direcções, não têm mantimentos, estão desanimados, as suas forças acabaram”, disse à Reuters uma fonte militar da Síria.

Mas o porta-voz americano, coronel Ryan Dillon, é mais pragmático. À medida que o território do grupo diminui, diz, “vemo-los a fugir par ao deserto e a esconderem-se lá, numa tentativa de voltarem a tornar-se um grupo terrorista de insurreição. A ideia do Estado Islâmico e de um califado virtual não será derrotada no futuro próximo.”

“Vai continuar a existir uma ameaça”, diz.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Ze Morangos
    03 nov, 2017 Terra do Alho 23:49
    O objetivo deles nunca foi ficar no deserto. Já cá estão na Europa espalhados nas grandes cidades com grandes beneficios e protegidos pela a claque politica e seus apoiantes. Eles simplesmente só mudaram de continente.
  • emaria
    03 nov, 2017 porto 19:12
    Ninguem vai saber como. Grande silêncio na comunicaçao social. Tb. estao a decapitar, violar, torturar? Espero bem que nao. Condeno indignidades independentemente dos autores.
  • Vader
    03 nov, 2017 Lx 18:36
    É deixalos lá só para os obrigar a pagar o IMI.....
  • bindi
    03 nov, 2017 islamabada 17:49
    ... tudo muito bem, os 'fanfarrões' foram aniquilados, mas há que não deixar um único exemplar para amostra!!!...
  • Aurélio
    03 nov, 2017 Feteiras 17:32
    Boa notícia, oxalá seja verdade, pelo menos o Estado Islâmico terá deixado de controlar zonas que eram a origem do seu financiamento. e da sua grande implantação no terreno. Não será caso para "dormir", porque há fundamentalistas / terroristas convictos já espalhados pelo Mundo que poderão tomar iniciativas isoladas ou continuadas. Esses poderão também obter agora "asilo" em outras organizações e continuar activos. BOM o comentário de "AP", os negociantes de armamento já devem estar em campo.
  • AP
    03 nov, 2017 Portugal 16:18
    Muito boas notícias para os europeus, para os verdadeiros muçulmanos, para todos! Mas não podemos descurar a guarda destes facínoras! Vão tentar andar sempre à socapa. No entanto alguns vão chiar: os que lucram financeiramente com a discórdia (vão procurar outras discórdias), os que pretendem subir ao poder pelo medo (vão tentar arranjar sempre um culpado para os seus próprios pecados), os que gostam de likes e de ser o centro das atenções à volta da mesa do café a comer tremoços (vão-se ficar novamente pelas discussões da bola), etc.

Destaques V+