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Provas de aferição. Ministério avança com formação de professores para combater fragilidades

05 out, 2017 - 10:18

Os resultados destas provas revelam que os alunos do 5.º e 8.ºs anos estão com dificuldades nas áreas de Ciências Naturais e Físico-Química e Matemática e Ciências Naturais e que os do 2.º ano revelaram essencialmente dificuldades na gramática e na escrita.

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O Ministério da Educação vai avançar com um conjunto de medidas, entre as quais mais formação de professores, para corrigir dificuldades dos alunos do 2.º, 5.º e 8.ºanos de escolaridades reveladas pelas provas de aferição.

Perante os dados nacionais, assim como os resultados de escola e individuais, o Ministério da Educação, segundo o secretário de Estado da Educação, João Costa, vai avançar com um conjunto de iniciativas de promoção do sucesso educativo.

Os resultados destas provas, realizadas em Maio e Junho, revelam que os alunos do 5.º e 8.ºs anos estão com dificuldades nas áreas de Ciências Naturais e Físico-Química e Matemática e Ciências Naturais e que os do 2.º ano revelaram essencialmente dificuldades na gramática e na escrita.

"Ninguém pode ficar tranquilo quando tem um conjunto alargado de alunos que não aprende com qualidade", disse João Costa em declarações aos jornalistas, adiantando que estas provas permitem aferir o sistema e agir ao primeiro sinal de dificuldade.

Segundo João Costa, a Português será feito um estudo do impacto dos projectos dirigidos ao desenvolvimento da leitura e da escrita nos 2.º e 8.º ano, com o alargamento da formação de professores do 1.º ciclo, com a actualização e a reedição dos materiais produzidos pelo Programa Nacional do Ensino do Português.

No domínio da Matemática, adiantou, e para os 2.º e 5º anos, o Ministério vai acompanhar as escolas com desempenhos mais frágeis, alargar a formação de professores do 1.º ciclo, criar uma equipa de acompanhamento do currículo nesta área específica e actualizar e reeditar materiais de apoio.

O Ministério da Educação assume uma aposta na formação de professores uma vez que esta é, em todos os anos de escolaridade em análise, uma das respostas apresentadas para combater as fragilidades assim como a elaboração de materiais em colaboração com universidades e escolas superiores.

Esta formação, explicou o secretário de Estado da Educação, será em formato de oficinas com uma grande componente prática.

Em matéria de expressões artísticas, no 2.º ano de escolaridade, o secretário de Estado anunciou a expansão do Programa de Educação Estética e Artística (DGE-PEEA), nomeadamente na sua vertente de formação docente na área da educação artística, assim como o desenvolvimento de projectos de parceria entre o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura, tais como o alargamento do projecto-piloto "Residências Artísticas".

No que se refere à História e Geografia de Portugal no 5º ano, os resultados das provas revelam a necessidade de monitorizar as aprendizagens essenciais, e no que se refere às Ciências Naturais no 5.º ano e Ciências Naturais e Físico-Química do 8.º ano o Ministério da Educação anuncia o reinvestimento no ensino experimental, nomeadamente através dos Clubes Ciência Viva.

Comentários
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  • Filipe
    06 out, 2017 évora 14:06
    Nunca em milhares de professores se conseguem um padrão a nível do Mourinho ou do Ronaldo , em todo o lado das profissões existem bons e menos bons profissionais . No entanto , daqueles que se dizem menos bons profissionais , conseguem chegar os seus discípulos ao nível de Mourinho ou Ronaldo . É por isso que o Mundo não é só Ronaldos e Mourinhos , tem de meter na cabeça que existem bons e maus jogadores , bons e maus treinadores e bons e péssimos alunos que nunca deviam envergar pela educação mas sim pela atividade laboral . Nem todos tem capacidades cerebrais para atingirem o nível de Albert Einstein e admitir que nasceram para serem "burros" toda a vida , é a sim a vida humana na Terra .
  • Marta Pinto
    05 out, 2017 Açores 15:33
    A massificação do ensino nos anos 70/80 exigiu o recrutamento de milhares de docentes sem olhar muito à qualidade, depressa se criaram cursos de formação de professores, e bem, só que estes cursos de papel e lápis foram/são baratos e deram milhões, sobretudo às universidades privadas e às escolas superiores de educação. Parece que os privilégios dos professores, que têm tanta fama na opinião pública, nunca foram suficientes para captar os melhores alunos para o ensino, vai daí, alunos com médias sofríveis foram enveredando pelos cursos mais fáceis e baratos: os de formação de docentes com emprego acessível e estável. Na Filândia e noutros países desenvolvidos, a formação/seleção de professores é apertadíssima e tentam selecionar apenas os melhores (cerca de 10% dos candidatos). Por aqui massificou-se tudo e agora querem milagres. Urge mudar a formação, a seleção e a formação contínua. É necessário arranjar forma de captar os melhores alunos para os cursos via ensino ou nunca mais sairemos desta discussão inútil. Como é óbvio, há nas escolas portuguesas muitos professores excelentes, mas também há muitos professores que nunca deveriam ter optado por essa profissão. Durante a massificação era necessário recrutar sem olhar à formação, mas nos últimos 20 anos o mais importante tem sido a economia de meios e a satisfação de clientelas, não a qualidade. Os bons alunos aprendem sempre, mas os outros precisam de excelentes professores para conseguirem ultrapassar as dificuldades.
  • AC
    05 out, 2017 LX 12:31
    A esquerda irresponsável a começar por este ministro da educação e Fenprop destruíram os bons resultados que se começavam a ver com algumas reformas feitas pelo anterior governo. Agora? 80% nem sabem ler nem escrever. VERGONHOSO ATÉ QUANDO?
  • Filipe
    05 out, 2017 évora 12:29
    Agora são os professores que são burros , pois . Não conseguem de maneira alguma incutir desde logo os 6 anos que a escola é um local de trabalho e viraram a escola hoje numa espécie de programa de meninos e meninas que para lá vão copiando ora artistas ora quem anda na sociedade a fomentar a desgraça . Ontem mostrou uma escola pública na Finlândia e começam logo a cortar a barreira entre o que é brincadeira fora de escola e dentro de escola , pois os sapatinhos são descalços na entrada faça chuva ou sol ou neve . Estão todos descalços para aprenderem ! E , se hoje em Portugal até os pais fazem relatórios para não despirem os filhos e filhas todos produzidos para o engate a fazerem Educação Física , o que querem mais ? Mandem lá as crianças na entrada tirarem os sapatos da rua ? Era logo o Salazar que tinha aparecido . Copiam modelos de Educação lá de fora e esquecem logo o básico , tirem os sapatos !
  • João Teles
    05 out, 2017 Leiria 12:14
    Concordo em parte com o que a comentadora Teresa diz. De facto, o antigo sistema de ensino poderia ter muitas falhas, mas havia a preocupação de escrever sem dar erros. Agora, parece-me que há um desajustamento dos programas aos níveis de ensino. Relativamente à matemática, nada tenho contra as máquinas de calcular, mas, pelo menos, até ao 9º ano, não deveriam ser permitidas nas escolas. É que a não utilização de máquinas obriga a desenvolver o raciocinio. Agora o que depois a comentadora Teresa diz na parte final, acaba por ser uma consequência do próprio ensino, isto é, os professores do ensino primário e todos os outros alunos que terminam as suas licenciaturas saem das universidades e de outros estabelecimentos de ensino a darem erros ortográficos. Trata-se de culpabilizar os governos que adoptaram uma politica de facilitismo no ensino, com grande flexibilidade nas aprovações (isto tem que ver com o tal (in)sucesso escolar que queremos mostrar lá para fora). O problema da matemática e das ciências tem acima de tudo que ver com os programas. Outro problema que contribui para muitos dos erros ortográficos tem também que ver coma necessidade de termos que escrever "pretoguês" em vez de português. É que agora, escreve-se em bom português quem escreve a nossa lingua abrasileirada e não como nos ensinaram há já alguns anos atrás.
  • Maria
    05 out, 2017 Estoril 12:00
    Subscrevo na totalidade o comentário de Teresa 11:19., acrescentando que é muito mais facil por rotulos de burros às crianças .
  • Teresa
    05 out, 2017 11:19
    A formação de professores primários e secundários e as escolas primárias e secundárias funcionaram como um relógio até ao 25de abril. A formação era boa, exigente e credível. Depois tudo se desorganizou. O principal problema está na formação de professores primários que é uma lástima. Saem das escolas superiores de educação a dar erros e sem formação adequada em matemática e ciências. A consequência é gravíssima sobre todo o ensino.

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