20 out, 2017 - 07:39
A remuneração média dos trabalhadores por conta de outrem aumentou em Portugal na última década, mas permanece abaixo da média dos países da União Europeia (UE), de acordo com os dados disponibilizados pelo Pordata.
Segundo a informação recolhida pelo portal estatístico da Fundação Francisco Manuel dos Santos, o poder de compra padrão (PPS) em Portugal em 2016 era de 25.881 PPS, com o país a ocupar o 18º. lugar de uma lista liderada pelo Luxemburgo (com 54.547 PPS).
No Retrato de Portugal na Europa, lançado esta sexta-feira no âmbito do Dia Europeu das Estatísticas, o Pordata refere que a média da UE no ano passado era de 35.754 PPS.
Os últimos lugares da lista são ocupados pela Hungria, a Roménia e a Bulgária, este último com 16.044 PPS.
A PPS, a sigla em inglês de 'Purchasing Power Standard', é uma moeda fictícia que serve para comparar os níveis de bem-estar e de despesa entre os países, anulando as diferenças dos níveis de preços.
Ao nível do salário mínimo nacional, em 2016 Portugal ocupava o 11º. lugar da lista dos países da UE, com 711 PPS, com o Luxemburgo (com 1.615 PPS) e a Bulgária (491 PPS) a apresentarem-se em primeiro e em último lugar, respetivamente.
22,3% são trabalhadores temporários
Portugal apresenta-se com a terceira taxa mais elevada na União Europeia de população empregada com contrato temporário de trabalho.
De acordo com o portal estatístico da Fundação Francisco Manuel dos Santos, o número de trabalhadores com contratos temporários aumentou entre 2000 e 2016 e o país tem agora 22,3% da sua população empregada com vínculo temporário, acima da média comunitária de 14,2%.
Itália, Dinamarca e Alemanha surgem próximos da média da UE.
Neste retrato, Portugal surge em terceiro lugar, depois da Polónia (27,5%) e de Espanha, que reduziu a percentagem de trabalhadores temporários na última década.
A Roménia, por sua vez, ocupa o 28º. lugar da lista, com uma percentagem de 1,4% da população empregada vinculada a um contrato de trabalho temporário.
No que se refere a contratos de trabalho a tempo parcial, Portugal ocupa a 16.ª posição na lista dos países da UE, com 11,9% do total da população empregada vinculados a este tipo de contrato.
A média dos países da UE encontra-se nos 20,4%, estando próximos deste valor o Luxemburgo, a Itália e França, numa lista liderada pelos Países Baixos (50,5%), com a Bulgária em último lugar (2,2%).