02 mai, 2024 - 12:10 • Rui Viegas
Na época 1994/95, José Soares deixou a formação do Benfica e foi emprestado, na tenra idade, ao Famalicão, na altura treinado por Francisco Vital, na II Divisão.
Este antigo central, hoje com 48 anos, sabe bem do que fala quando menciona o Estádio Municipal de Famalicão, onde o Benfica de Roger Schmidt joga a próxima jornada. “É sempre muito complicado para o Benfica jogar ali”, admite a Bola Branca. “O campeonato não está fácil, mas tens de dar tudo por aquela camisola.”
Soares diz que não basta adiar a festa do Sporting. “Têm de presentear os adeptos com bons jogos de futebol. Num clube com esta dimensão, ganhas todos os dias. Ganhar todos os dias, sendo difícil ganhar um título, é ganhar dentro do clube, ganhar a equipa. O Benfica não vai acabar por não ganhar nenhum título.”
Este homem é um admirador das virtudes e do virtuosismo de Ángel di María. “Eu gostava que ele ficasse, era proveitoso. É um jogador com aquela qualidade”, reflete. “Basta ver os números, apesar das críticas, que eu considero injustas. Há que saber adaptar um jogador deste nível à equipa. Está sempre nos golos do Benfica. Ele quer sempre a bola, é uma coisa que eu adoro. Resolve muitos jogos. Para mim, está tudo dito. Não olho para o BI dele, olho para o que faz em campo.”
Nesta fase em que se luta por tão pouco, a presença dos jovens ou os testes podem fazer-se sentir com mais intensidade. “Acho que é sempre assim. Quem merecer, mesmo jovens da equipa B ou do plantel, se estiverem num bom nível e fizerem as coisas bem feitas, tem o direito de terem mais minutos”, avalia. “Isso é o apanágio do Benfica, pensar sempre no presente e preparar o futuro, independentemente de estar nesta situação, de depender do Sporting. Isso está sempre presente naquele clube.”
Benfica e Famalicão defrontam-se no domingo, às 20h30, um jogo que terá relato na Renascença e que será acompanhado em direto, ao minuto, em rr.pt.