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G7 defende “abordagem inclusiva no mercado de trabalho"

30 set, 2017 - 20:48

Um dos desafios identificados é o das novas tecnologias que pode trazer grandes benefícios para as empresas no ponto de vista do seu desenvolvimento, mas também pode causar um "potencial risco de perda de postos de trabalho".

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Os ministros do Trabalho dos sete países mais industrializados do mundo (G7) acordaram adoptar "uma abordagem inclusiva no mercado de trabalho, com particular atenção aos mais fracos da sociedade, para garantir que ninguém fique para trás".

Esta é uma das posições transmitidas no final do encontro de dois dias dos ministros de França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Japão, na cidade italiana de Turim, no norte do país.

"Concluímos que, para fazer frente a grandes mudanças, derivadas da inovação, das novas tecnologias e da digitalização, não basta o esforço de uma parte, temos de trabalhar de forma conjunta", disse o ministro italiano do Emprego, Giulano Poletti, numa conferência de imprensa.

O governante sustentou que, "face às alterações, é necessário desenvolver novas políticas para responder aos problemas".

Um dos desafios identificados é o das novas tecnologias: a chamada 'indústria 4.0' pode trazer grandes benefícios para as empresas no ponto de vista do seu desenvolvimento, mas também pode causar um "potencial risco de perda de postos de trabalho" ou apresentar "barreiras àqueles que procuram aceder ao mercado laboral".

Nesse sentido, os países acordaram desenvolver políticas inclusivas no mercado de trabalho, com especial atenção às mulheres e aos jovens.

"Aumentaremos os nossos esforços para oferecer aos jovens as competências necessárias e para adotar políticas eficazes que permitam a sua transição da escola para o mundo laboral", lê-se no documento final.

Entre os temas abordados também se incluíram a digitalização e a autonomização no mundo laboral e o fortalecimento das infraestruturas existentes com o fim de garantir um processo de mudança sustentável e inclusivo.

À margem das reuniões, centenas de manifestantes concentraram-se nas ruas de Turim para protestar contra as desigualdades sociais e exigir políticas de redução da pobreza.

As concentrações, inicialmente pacíficas, viveram hoje alguns momentos de tensão quando os manifestantes lançaram petardos contra as forças de segurança, que responderam com cargas policiais.

Comentários
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  • Mark paulo
    01 out, 2017 Coimbra 10:08
    Não vejo governos a irem contra o interesse das multinacionais na propensão do lucro fácil trocando as pessoas por máquinas. Parece uma realidade distante mas não o é assim em alguns países. Pelo que se entende que muitos desenvolvimentos tecnológicos podem ser adaptados pra trabalharem na Europa o que faria as pessoas se transformem numa parte obsoleta do sistema. Um exemplo, hoje em dia contecnologia que dispomos já não necessitamos de pessoas a trabalhar em call centers. O que fará estes serviços despedirem pessoas e lançalas para o desemprego.

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