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"Não faz nenhum sentido" pôr farmácias a administrar vacinas, diz Governo

14 jun, 2017 - 16:38

Ministro da Saúde nega vacinação nas farmácias. Governo está a desenvolver um novo modelo para “maximizar a eficiência” do Plano Nacional de Vacinação.

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O ministro da Saúde negou esta quarta-feira, no Parlamento, qualquer intenção de dar às farmácias a possibilidade de administrar as vacinas do Programa Nacional de Vacinação (PNV).

Adalberto Campos Fernandes disse que "nunca passaria pela cabeça" do Governo que as vacinas do PNV passassem a ser administradas pelas farmácias, lembrando que se trata de uma vacinação com elevada especificidade técnica.

"Não faz nenhum sentido. Não temos nenhuma intenção de fazer nada disso", afirmou o ministro, respondendo a questões do Bloco de Esquerda durante o debate no plenário da Assembleia da República sobre política de saúde.

No debate parlamentar, o deputado do Bloco de Esquerdas Moisés Ferreira disse que transferir a administração de vacinas do PNV para privados, como as farmácias, seria injustificável e fragilizaria o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Também esta quarta-feira a Direcção-geral da Saúde disse que o Governo está a desenvolver um novo modelo para “maximizar a eficiência” do PNV e a estudar novas formas de aquisição e distribuição de vacinas.

A nota da DGS surgiu depois de uma notícia do “Jornal de Notícias”, segundo a qual o Governo está a estudar a possibilidade de as farmácias poderem administrar vacinas do PNV.

“O Ministério da Saúde está a desenvolver um novo modelo de governação para maximizar a eficiência do Programa e que implica a aquisição centralizada de vacinas”, refere a DGS em comunicado.

Segundo a DGS, estão ainda a ser estudadas “novas formas de distribuição” e “ainda um sistema complexo de informação baseado num registo central de vacinas que permite conhecer em cada momento, a nível nacional, a história vacinal da pessoa, gerir ‘stocks’ e monitorizar e avaliar o processo e o impacto do Programa”

Sem se referir especificamente a esta eventual medida, a DGS afirma que o PNV “é um dos mais efectivos instrumentos de saúde pública, que se pauta por elevados padrões de rigor e de qualidade, cujo sucesso se deve, entre outros factores, ao facto de estar fortemente ancorado no SNS”.

Salienta ainda que as características do Programa Nacional de Vacinação “têm permitido ganhos substanciais em saúde graças à sua aplicação por profissionais, enfermeiros e médicos, principalmente do sector público, e à adesão dos cidadãos que confiam na vacinação”.

“A aplicação do PNV e o seu grande peso na idade pediátrica muito precoce requerem uma enorme complexidade técnico-científica apoiada em sistemas logísticos e de informação que permitem administrar com segurança vacinas em tempo útil”, sublinha.

A Direcção-Geral da Saúde lembra que as vacinas do Plano Nacional de Vacinação são administradas, sobretudo, no SNS e, em algumas situações, por instituições de saúde do sector privado e social com as quais são celebrados protocolos específicos.

Comentários
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  • ao paulo prata
    15 jun, 2017 lx 15:25
    com uma opinião dessas até poderias ir apanhar as vacinas ao charlatão da esquina e não fazias de conta!...
  • ó isabel
    15 jun, 2017 lx 15:22
    o que faria sentido era perceberes minimamente dos assuntos para poderes debitar opiniões tecnicamente fundamentadas.
  • Os incendiarios
    15 jun, 2017 lis 14:53
    PSDs e CDSs aproveitam as noticias falsas, para lançarem a confusão e a desestabilização política no país! São sempre os mesmos e as mesmas que fazem do Parlamento o mercado da ribeira!...
  • Isabel
    14 jun, 2017 Lisboa 19:25
    Para mim faz todo o sentido ser vacinada na minha farmácia. É mais fácil e mais rápido. É lá que, anualmente, compro e me é administrada a vacina da gripe.
  • Paulo Prata
    14 jun, 2017 São Domingos de Rana 19:21
    Possivelmente faz todo o sentido, talvez o Sr. Ministro desconheça que existe muita gente que não tem médico de família e que nem tem acesso a nenhum centro de saúde, como é o meu caso. Mas como em tudo neste país é o faz de conta, continuemos...
  • Maomé
    14 jun, 2017 Cuba 18:13
    O governo quer rentabilizar as farmácias...vergonha!
  • 14 jun, 2017 18:11
    Eu tenho 1 filho a quem tenho de dar vacinas. Não quero as farmácias a comprá-las a gosto mas também não quero o Governo a comprar por atacado à Bayer que vamos levar com o lixo da Monsanto q foi adquirida pela Bayer p permitir a aceitação dos produtos da Monsanto na Europa
  • truth
    14 jun, 2017 hell 17:44
    claro, nao faz sentido nenhum... os enfermeiros nos centros de saude e hospitais desdobram.se em tarefas, no minimo dos minimos seria uma carga logistica remova de cima deles... e o utente ja nao necessitaria de se dirigir a um centro de saude ou hospital, onde é mto mais provavel que seja contagiado com algo, do que numa farmacia... e os farmaceuticos estao mais que habilitados para realizar a injecao. Enfim.
  • fanã
    14 jun, 2017 aveiro 17:21
    O que não faz sentido , é a maratona que um utente "doente" por vezes idoso, a qual é submetido para ser tratado. Desde a obter uma consulta com médico de família, muitas vezes o prazo superior de um mês , a consulta de especialidade "cirurgia por ex:" em unidades hospitalares distantes por vezes a mais de cem milímetros ida e volta sem transportes públicos e com a impossibilidade de pagar um táxi. Deixo o que acontece por muitas das vezes a vossa conclusão !

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