19 set, 2017 - 23:32 • Paula Costa Dias
“O sistema fiscal tem de ser mais amigo das famílias”, defendeu Guilherme d’ Oliveira Martins, esta terça-feira, na abertura das jornadas nacionais da Pastoral Social, em Fátima.
O administrador da Fundação Calouste Gulbenkian alerta para a necessidade de se aumentar a taxa de natalidade já que se prevê que, nas sociedades desenvolvidas, dentro de duas décadas a esperança média de vida seja os 100 anos e a sustentabilidade dos sistemas sociais depende da resposta à baixa taxa de natalidade.
Além de defender um “o sistema fiscal mais amigo das famílias”, Oliveira Martins disse que “a economia tem de compreender a realidade familiar e tem de compreender que deve haver apoios e incentivos.”
Por outro lado, há que equiparar os direitos do pai e da mãe. Para o ex-presidente do Tribunal de Contas, “a única maneira que temos de contrariar a discriminação da mulher é criar mecanismos e instrumentos em que haja licenças de paternidade obrigatórias para os dois”.
Ou seja, “parentalidade para o pai e para a mãe.” Desta forma, “a entidade patronal já não terá aquela tentação de dizer “entre o homem e a mulher… pois a senhora amanhã se calhar vai ter uma criança… Não, não pode ser,” acrescentou perentoriamente.
As jornadas da pastoral social começaram esta terça-feira em Fátima com o tema: “Família e Transformação Social - Uma Perspetiva a partir da Amoris Laetitia”.