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Tancos. Ministro diz que Governo "fez o que devia ser feito" e anuncia três processos

18 set, 2017 - 16:17

Numa intervenção no parlamento, Azeredo Lopes não respondeu a perguntas dos deputados para que esclarecesse as suas afirmações numa entrevista, na qual disse que "no limite, pode não ter havido furto".

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O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, disse, esta segunda-feira, que o Governo "fez o que devia ser feito e num tempo muito curto" na sequência do furto no paiol de Tancos e revelou que foram abertos três processos disciplinares no Exército.

Numa intervenção no debate de actualidade no plenário da Assembleia da República, Azeredo Lopes não respondeu a perguntas dos deputados para que esclarecesse as suas afirmações numa entrevista na qual disse que "no limite, pode não ter havido furto", aludindo à ausência de provas.

"Em síntese, e sem prejuízo de críticas legítimas, o Governo fez o que devia ter feito e num tempo muito curto", disse, no final de uma intervenção em que revelou que o Exército abriu "três processos disciplinares" e que o esvaziamento dos paióis nacionais de Tancos começou no passado dia 14, com a colaboração da PSP e da GNR.

Os processos disciplinares foram abertos pelo Regimento de Infantaria n.º 1, que tinha a responsabilidade da guarda dos paióis na altura, na sequência do processo de averiguações interno.

Quanto às perguntas dos deputados do PSD e do CDS-PP sobre "o que se sabe e o que não se sabe" relativamente ao "furto de material militar" em Tancos, Azeredo Lopes insistiu que "são do domínio da autoridade judiciária competente" e que "o inquérito encontra-se em segredo de justiça".

"Por muito que se insista, este apuramento não pode ser substituído por processos de averiguações, que têm um objecto e função diferentes", declarou, citando, em seguida declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no passado dia 4 de Setembro, em que se manifestou preocupado com o tempo das investigações.

O ministro da Defesa adiantou que foram decididos "investimentos imediatos" na sequência da avaliação das condições de segurança das instalações de armazenamento de material, nomeadamente, um milhão de euros nos paióis de Santa Margarida e 500 mil euros em 16 unidades do Exército.

Quanto a medidas "a médio e longo prazo", o ministro da Defesa adiantou que determinou, através de despacho, várias medidas, destacando a criação de um "sistema de informação comum para controlo efectivo de material sensível, que garanta a informação necessária e o controlo de acesso a informação".

Azeredo Lopes sublinhou que os relatórios que lhe foram entregues pelos ramos e pela Inspecção de Defesa Nacional foram classificados como "secretos" por "quem os realizou" e não pelo ministério, invocando "matérias sensíveis de âmbito de Segurança Nacional aí tratadas".

A violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois "paiolins", e o desaparecimento de granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros foram divulgados pelo Exército no dia 29 de Junho.

Comentários
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  • Carlos Torres
    19 set, 2017 Loulé 10:32
    Mais um Ministro que é mandado pelas forças armadas. Mais um caso deste Governo que lava as mãos a tudo que não corre bem, que não assume responsabilidades, nem resolve os problemas. Declarações miseráveis.
  • Emidio Sepeda
    18 set, 2017 Porto 19:42
    Até devia ter vergonha de falar nisto. Eu como Português e sem complexos em relação a outros povos senti-me diminuído no carácter e honestidade do meu Povo.É esta gente que coloca o Povo e a Pátria em figuras tristes e depois lá fora julgam que somos todos iguais.
  • bobo
    18 set, 2017 lisboa e outra 18:23
    Palhaçada
  • sergio
    18 set, 2017 vagos 18:07
    Sim senhor! Excelentes os esclarecimentos! De facto já começo a perder toda a confiança neste governo e dar razão a quem lhe "aponta o dedo". E não só este ministro...
  • F.Conde
    18 set, 2017 Ericeira 17:58
    Corrijam - Regimento de ENGENHARIA 1 e, não Regimento de Infantaria1 Descuido?
  • Paulo
    18 set, 2017 São Domingos de Rana 17:36
    Como ex-militar, acho que o primeiro processo deveria ser para o Sr. ministro da Defesa..ou melhor nem deveria ser processo mas sim um pedido de demissão. Enquanto houver gente desta a mandar nas Forças Armadas vai haver sempre problemas, estas pesso9as não conhecem nem sabem o que é o regime militar. Ponham um Militar (mas um militar a sério) como Ministro da Defesa e outro galo cantará.
  • XUXAS MANIPULADORES
    18 set, 2017 Lx 17:13
    Um país em delírio com este pateta de Ministro que ainda não percebeu que não é Ministro embora receba o salário no final do mês à conta do erário público. O mesmo acontece com a zombie Constança que acha que ainda é Ministra...Pobre país este com gentalha desta...
  • ac
    18 set, 2017 lx 17:11
    Este ser acha que os portugueses são parvos??? Fez o que devia ser feito?? Nem sequer admite que houve incompetência irresponsabilidade e ROUBO?? E é isto que os portugueses querem ter como governantes??

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