14 set, 2017 - 21:11 • Liliana Carona
O concelho de Seia tem um novo museu, na paróquia de Santa Marinha, em que a entrada se faz pela sacristia da igreja matriz.
O sonho era antigo, diz à Renascença o padre responsável pelo projecto, Rafael Neves, de 32 anos.
O sacerdote/guia acredita que, para além de dar a conhecer o património religioso da vila, o novo espaço museológico, recém-inaugurado, até pode levar mais gente às celebrações litúrgicas.
“Isto aqui é o espaço museológico da paróquia de Santa Marinha, que estava pensado desde há muito tempo, até porque isto correspondia ao desejo de muitas pessoas. Chamavam a este espaço museu porque, segundo consta, sempre houve esta ideia de um dia se criar um museu”, explica o padre Rafael Neves.
A visita ao museu começa na sacristia da igreja matriz de Santa Marinha, datada do século XVII.
“A visita começa antes da porta do Museu propriamente dita, começa neste espaço que é a sacristia da igreja paroquial, que é uma espécie de antecâmara do museu. Isto obriga a que quem visita o museu passe obrigatoriamente pela igreja, e há aqui também uma função e dimensão prática: há peças que nós temos no museu que servem para o culto e para a liturgia”, refere o sacerdote.
O padre Rafael Neves é quem conduz as visitas ao novo museu, que tem 17 peças.
“A peça mais antiga é este menino Jesus de Malines, que estava datado do seculo XVI, mas até pode ser mais antigo do que a datação que aqui surge. Esta datação e o estudo das peças foi feito pelo Departamento dos Bens Culturais Da diocese da Guarda”, explica.
Além deste espaço físico, existe um museu a céu aberto com marcas criptojudaicas, da existência dos judeus naquela comunidade.